O ex-coordenador-geral de Infraestrutura de Energia Elétrica do Ibama, Leozildo Tabajara da Silva Benjamin, confirmou ontem que um dos motivos que o levaram a pedir demissão do cargo foi a pressão interna do governo para que o órgão ambiental agilizasse a emissão da licença prévia do projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). "Estava havendo pressão, como em qualquer empreendimento. Em Belo Monte, a pressão é maior. Só não aceito pressões indevidas, açodamento, e estava havendo açodamento", disse ele, que, na condição de servidor concursado do Ibama, vai agora voltar a trabalhar no núcleo de licenciamento do Amapá, de onde é originário.
Benjamin citou como particularmente mais grave a ocasião em que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse, em uma entrevista coletiva, que a licença sairia no dia 16 de novembro. "Como pode um ministro de outra pasta dizer que a licença vai sair tal dia? Isso contamina os técnicos. Eles querem saber se esse prazo vale", disse.
Janeiro de 2010
O novo diretor de Licenciamento do Ibama, Pedro Bignelli, disse ontem que o cenário mais provável é que a licença de Belo Monte seja liberada com condicionantes em janeiro de 2010. Entre elas deverá estar a exigência de se manter uma vazão mínima de água na parte do rio conhecida como Volta Grande do Xingu. Outro ponto que deverá ser exigido é a construção de um pequeno elevador para que as pequenas embarcações que transitam pela região possam transpor a barragem.
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