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Paulo Guedes
Ex-ministro da Economia de Bolsonaro afirma que Milei herda um “país empobrecido”, mas que reformas podem resgatar finanças argentinas.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parabenizou o candidato libertário Javier Milei pela vitória nas eleições presidenciais da Argentina no último final de semana. O economista destacou a apreciação por alguém que “abraça os valores da liberdade”, incluindo a democracia representativa, o Estado de Direito e a economia de mercado.

Guedes, conhecido por suas posições pró-mercado, ressaltou que um líder libertário compreende que a prosperidade decorre da livre iniciativa e do empreendedorismo, não da intervenção estatal na economia. O ex-ministro observou que Milei herda um país empobrecido por décadas de “governos dirigistas que fecharam a economia para o mundo”.

“O aumento descontrolado dos gastos públicos produziu inflação endêmica, endividamento em bola de neve, dramático aumento da pobreza e uma profunda erosão do enorme potencial econômico da Argentina”, disse nas redes sociais.

Guedes afirma que a estabilização da Argentina, após anos de desafios econômicos, exigirá não apenas mudanças econômicas, mas também uma renegociação da dívida. O economista destacou a necessidade de coordenação entre reformas monetárias e fiscais, citando que as medidas podem resultar em uma sólida recuperação da economia nacional.

“A evidência empírica de bem-sucedidos e fulminantes esforços anti-inflacionários registra uma rápida estabilização dos preços e da taxa de câmbio, seguida da retomada dos investimentos, de uma recuperação da atividade econômica e de uma reabertura comercial”, escreveu.

Assim como Guedes, Milei é adepto da política de redução do tamanho do Estado, com a privatização de empresas estatais e reforma no sistema de benefícios sociais.

No entanto, o novo presidente argentino vai além e prega, entre outras soluções, o fim do Banco Central, a dolarização da economia e críticas à atuação do Mercosul – ele pretende estabelecer relações bilaterais diretamente com outros países em vez do bloco comercial.

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