O ex-presidente da Olympus Tsuyoshi Kikukawa, que renunciou a seu cargo em outubro passado por um escândalo de perdas encobertas, e outras seis pessoas foram detidas nesta quinta-feira ( no marco das investigações sobre o caso, informou a agência local de notícias "Kyodo".
Kikukawa, de 71 anos, foi processado pela própria companhia no início de janeiro junto a outros 18 altos cargos da Olympus, que os considera responsáveis por uma fraude contábil de pelo menos 117,7 bilhões de ienes (US$ 1,495 bilhão).
O ex-presidente do grupo japonês foi detido por investigadores da Promotoria de Tóquio, que também checaram sua casa na cidade de Kawasaki, ao sul da capital japonesa, em busca de indícios de sua participação no escândalo.
Segundo a televisão pública "NHK", a Promotoria também deteve o ex-vice-presidente da Olympus Hisashi Mori, o ex-auditor Hideo Yamada e outras quatro pessoas suspeitas de terem participado das perdas encobertas desde a década de 1990.
Em dezembro passado, um painel independente criado pela Olympus determinou que as perdas foram expressamente "maquiadas" em um esquema financeiro aparentemente projetado por Mori e Yamada e do qual Kikukawa teria conhecimento.
O escândalo veio à tona em outubro passado, quando ocorreu a destituição do então presidente da Olympus, o britânico Michael Woodford.
Desde sua destituição, que levou o caso ao conhecimento do público, as ações da Olympus na Bolsa de Valores Tóquio perderam quase a metade de seu valor.
Os promotores deverão interrogar Kikukawa e os outros detidos, enquanto a fabricante japonesa planeja realizar uma reunião extraordinária de acionistas em 20 de abril para escolher uma nova junta diretiva.
A Olympus, uma das principais fabricantes mundiais de material fotográfico, óptico e instrumentos de precisão, anunciou na última segunda-feira que para este ano fiscal, que termina em 31 de março, prevê uma perda líquida de 32 bilhões de ienes (US$ 405 milhões).