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Ex-presidente da Volkswagen é investigado por fraude

 | CHRISTIAN CHARISIUS
(Foto: CHRISTIAN CHARISIUS)

Promotores alemães lançaram uma investigação nesta segunda-feira, 28, sobre o ex-presidente da Volkswagen Martin Winterkorn a respeito da fraude nos testes de emissão de poluentes de veículos da companhia, ao passo que a montadora suspendeu três altos engenheiros em uma tentativa de contornar a crise.

Winterkorn, que renunciou na última quarta-feira após quase nove anos no comando da maior montadora europeia, está sendo investigado sob “alegações de fraude na venda de veículos com dados de emissão manipulados”.

A Volkswagen, que já admitiu ter trapaceado nos testes de emissão de diesel nos Estados Unidos, está sob grande pressão para controlar o maior escândalo corporativo em seus 78 anos de história.

A montadora nomeou o veterano na companhia Matthias Mueller na sexta-feira como novo presidente-executivo e concordou em apontar uma firma legal nos Estados Unidos para conduzir uma investigação completa.

Fontes familiarizadas com o tema disseram nesta segunda-feira que também foram suspensos os chefes de pesquisa e desenvolvimento da marca principal da Volkswagen, da divisão de luxo Audi e da fabricante de carros esportivos Porsche. Mas a crise não mostra sinais de estar passando.

Dois jornais alemães publicaram no domingo que a própria equipe da companhia e um de seus fornecedores alertaram anos atrás sobre o uso ilegal de tecnologia para detectar quando um carro estava sendo testado e alterar o consumo do seu motor a diesel para mascarar suas emissões tóxicas de óxidos de nitrogênio.

Audi

Integrante do grupo Volkswagen, a montadora Audi também reconheceu nesta segunda-feira, 28, que utilizou sistemas que conseguiam fraudar os testes ambientais em 2 milhões de veículos da marca. A maior parte dos carros teria sido vendida na Europa, de acordo com a agência Bloomberg. No total, oito modelos foram equipados com o software: A1,A3, A4, A5, A6, TT, Q3 e Q5. Diante da nova informação, o governo alemão deu um prazo de 10 dias para resolver o problema.

Caso o conglomerado alemão não dê solução aos casos de fraude, o órgão que regulamenta o setor pode proibir a circulação dos veículos das marcas no país.

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