Logo na primeira semana do ano, a rede hoteleira Mabu, sediada em Curitiba, deu dois importantes passos em seu projeto de expansão. Um deles foi a abertura da quinta franquia do grupo, em Caxias do Sul (RS). Desde que começou a emprestar sua marca, há dez meses, o Mabu contabiliza outras quatro unidades nos três estados da Região Sul. A rede possui ainda três hotéis próprios, dois em Curitiba e um em Foz do Iguaçu. Dias antes da chegada a Caxias do Sul, o Mabu fez sua estréia em outra frente: a administração terceirizada de hotéis. Por dez anos, o grupo irá cuidar do Fazenda Dona Carolina, em Itatiba (SP), resort que é considerado o melhor hotel-fazenda do país.
Na fazenda
Márcia Abujamra, diretora do Mabu, conta que a rede vai investir R$ 1 milhão no hotel-fazenda já no primeiro ano de operação, e que receberá uma comissão de 20% sobre o lucro e 3% sobre o faturamento. "Estávamos à procura de um hotel assim, e o proprietário dele estava interessado em terceirizar a administração", diz Márcia. O dono, no caso, é o publicitário Chico Santa Rita, que quer se dedicar às eleições em 2006. Santa Rita ficou famoso, entre outras coisas, por coordenar a etapa final da campanha que elegeu o presidente Fernando Collor em 1989. Também ajudou na manutenção do presidencialismo no plebiscito de 1993 e esteve à frente da vitória do "Não" no referendo sobre o desarmamento.
Novo comando na Alltech
Ari Fischer é o novo gerente da Alltech do Brasil, multinacional norte-americana que fabrica aditivos naturais para rações e tem fábrica em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Zootecnista e mestre em nutrição de aves, Fischer substitui Guilherme Minozzo, deslocado para a sede da empresa, em Lexington, de onde coordenará as ações que envolvem todas as filiais instaladas na América Latina. O novo gerente enfrentará o desafio de triplicar, em quatro anos, o faturamento da Alltech no Brasil.
Parceria para crescer
Depois do Frischmann-Aisengart, vendido à paulistana Dasa por R$ 30 milhões em julho de 2005, é a vez do Hormocentro se render a uma grande rede. O laboratório curitibano acaba de se associar ao Grupo NKB, holding composta por 14 laboratórios no Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Pernambuco. "O acordo vai nos possibilitar crescer com aporte de recursos em tecnologia e investimento na capacitação técnica", diz a gestora comercial do Hormocentro, Daisy Schwarz. As melhorias estão sendo planejadas, por isso, a empresa ainda não fala em cifras.
Recorde no Brasil...
O Brasil nunca transportou tanto por via áerea. De acordo com a Infraero, em 2005 foram 753 mil toneladas de cargas em todos os aeroportos do país 290 mil toneladas em importações, 279 mil em exportações e outras 184 mil toneladas em cargas domésticas. A companhia não divulgou a movimentação de cada aeroporto, mas dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) revelam que para o Aeroporto Internacional Afonso Pena, de São José dos Pinhais, o ano não foi dos melhores pelo menos no que se refere ao comércio exterior.
...mas não no Paraná
No ano passado, o Afonso Pena exportou 1,6 mil toneladas, o equivalente a R$ 27,6 milhões. Em relação a 2004, houve queda de 34% em valores e 6% em volumes embarcados. Levando-se em conta somente as vendas de cargas paranaenses, os resultados são ainda piores: o valor exportado caiu 52% e o volume, 43%. Não é de se estranhar: cerca de 94% dos produtos do Paraná decolaram por aeroportos paulistas, já que a pista do Afonso Pena, muito curta, impede que os aviões levantem vôo com carga completa. Mas, como para pousos de cargueiros as restrições são menores, a participação do aeroporto nas importações via aérea do Paraná é de 71%. Segundo o Mdic, em 2005 o desembarque de importados pelo Afonso Pena cresceu 34% em valores, apesar da queda de 8% em volume.
Estiagem, aftosa e greve
Não bastassem a seca que prejudica a produção agrícola e a briga judicial em torno da febre aftosa, o vice-governador e secretário de Agricultura, Orlando Pessuti, tem mais um motivo de preocupação. Os 280 agrônomos, veterinários e biólogos da Secretaria ameaçam entrar em greve caso o governo não atenda o pedido de criação da carreira de fiscal agropecuário, existente na maioria dos estados e no âmbito federal. Hoje ligados ao quadro geral de servidores, os fiscais querem piso salarial de R$ 3,3 mil, quase o dobro dos atuais R$ 1,8 mil.