O Bradesco, maior banco privado brasileiro, anunciou nesta segunda-feira um aumento de 11,4 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre deste ano, mais uma vez estimulado por forte crescimento do crédito em meio a uma melhora dos níveis de inadimplência.

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O resultado foi positivo em 1,705 bilhão de reais, ante lucro de 1,53 bilhão de reais em igual período de 2006. O mercado esperava um ganho de 1,726 bilhão de reais, segundo média de previsões de cinco analistas consultados pela Reuters.

"O crescimento... foi mais acentuado nas operações para pessoas jurídicas, especialmente nas linhas direcionadas para o giro dos negócios e operações no exterior..., ao passo que, nos negócios envolvendo pessoas físicas, destacamos as carteiras de crédito de financiamento de veículos e crédito pessoal", disse o Bradesco em relatório.

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O crédito à pessoa física cresceu 5,910 bilhões de reais, ou 16,5 por cento sobre o primeiro trimestre de 2006.

O financiamento de veículos avancou 16,15 por cento, para 16,84 bilhões de reais, e o crédito pessoal subiu 15,2 por cento, para 10,78 bilhões de reais.

O crédito à pessoa jurídica expandiu-se em 11,1 bilhões de reais, ou 22,9 por cento.

A carteira do banco, excluindo avais e fianças e valores a receber de cartões de crédito, somou 101,5 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 20,2 por cento contra igual período 2006. No total, a carteira somou 122,4 bilhões de reais, avanço de 25,1 por cento na mesma comparação.

Em fevereiro, ao divulgar os resultados de 2006, o Bradesco previu um crescimento da carteira total de crédito de 20 a 25 por cento neste ano.

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Inadimplência

A inadimplência nas operações de crédito acima de 90 dias alcançou 3,6 por cento, acima dos 2,7 por cento do primeiro trimestre de 2006, mas estável em relação ao quarto trimestre do ano passado.

"Constatou-se estabilidade no índice de inadimplência.... (o que) deveu-se à maior participação dos créditos concedidos às pessoas jurídicas que geralmente apresentam menor inadimplência e ao ligeiro declínio da inadimplência das pessoas físicas, invertendo a tendência de crescimento observada durante o ano de 2006", acrescentou o banco.

O Bradesco ressaltou que neste ano não foi observada a tendência sazonal de alta da inadimplência e disse estar "preparado para aproveitar as oportunidades de negócios" para o aumento da carteira.

A despesa de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) no trimestre aumentou em 222 milhões de reais, para 1,160 bilhão de reais sobre o ano passado. O saldo de PDD atingiu 6,775 bilhões de reais, representando 6,7 por cento da carteira de crédito.

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A leve alta da despesa deve-se ao crescimento do crédito pessoal, que exige um maior volume de provisionamento, destacou o Bradesco.

O retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado, importante indicador de lucratividade, foi de 30,2 por cento, contra 34,6 por cento no primeiro trimestre de 2006.

A receita com prestação de serviços totalizou 2,559 bilhões de reais, aumento de 25,4 por cento sobre o ano passado.