60 mil quilômetros
serão rodados pela Expedição Safra 2011/12. Perto de 25 mil referem-se à primeira fase (de setembro a novembro), que inclui 12 estados brasileiros e os Estados Unidos. Na segunda fase, que abrange também Argentina, Paraguai e China, técnicos e jornalistas percorrerão mais 35 mil quilômetros.
Com 60 mil quilômetros pela frente, a Expedição Safra Gazeta do Povo 2011/12 se lançou a campo na última semana com expectativa de nova expansão da produção de soja e milho no Brasil. Os técnicos e jornalistas do projeto desembarcaram nos Estados Unidos, maior produtor mundial de grãos, onde a grande dúvida é o tamanho da quebra climática. É justamente esse recuo que vai determinar o mercado "extra" a ser aberto para países como o Brasil nesta temporada.
Nos próximos dez dias, a Expedição vai verificar in loco o que ocorre no cinturão de produção norte-americano e relatar o que dizem produtores, técnicos e analistas do país, num momento em que avaliações consolidadas começam a surgir. Por enquanto, para o Brasil, considerando também a tendência altista verificada no mercado interno, a expectativa é de aumento de 6% na produção nacional de milho (que pode atingir 60 mil toneladas no verão) e de 5% na de soja (projetada em 76 milhões de toneladas), afirma o coordenador da Expedição, Giovani Ferreira.
Oferta e demanda
Além de perdas que podem somar 25 milhões de toneladas em relação à expectativa inicial, os Estados Unidos terão maior demanda interna por milho. A previsão é de que, em vez de 35%, seja destinada 40% da colheita para a produção de etanol. As perdas na soja, que podem chegar a 4 milhões de toneladas, também estão sendo redimensionadas pelos produtores, pautando revisões em relatórios do próprio departamento de agricultura do país, o USDA.
Roteiro nacional
O trabalho de campo da Expedição não terá pausa. Logo que a equipe que viaja pelos Estados Unidos voltar ao Brasil, no próximo fim de semana, outro grupo iniciará o roteiro nacional, percorrendo o Paraná, onde o plantio de milho está adiantado, chegando a cerca de 50% da área. Propriedades rurais, cooperativas e centros de pesquisa serão visitados para uma avaliação do tamanho da safra do estado. Na sequência, devem ser percorridos os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que também esperam avanço em produtividade neste ciclo.
O roteiro nacional inclui 12 estados. Serão percorridas ainda lavouras de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás (roteiro Centro-Oeste), Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (roteiro Centro-Norte) e Minas Gerais e São Paulo (roteiro Sudeste), concluindo assim a primeira fase da Expedição Safra 2011/12, que deve somar perto de 25 mil quilômetros.
China
Na segunda fase (de fevereiro a abril de 2012), o projeto deve rodar mais 35 mil quilômetros. Além de verificar a colheita nos 12 estados brasileiros que mais produzem soja e milho, nos campos da Argentina e na faixa agrícola do leste do Paraguai trajetos consolidados nos últimos anos , a Expedição irá, pela primeira vez, à China.
Como no ano passado, quando uma equipe percorreu quatro países da Europa (Alemanha, Holanda, Bélgica e França), o objetivo da visita à Ásia é discutir mercado, logística e contrapor sistemas produtivos. A previsão é de que a China importe 59 milhões de toneladas de soja em 2011/12. O país ganha importância também como importador de milho: no último ano, retirou 5 milhões de toneladas do cereal do mercado.
Serviço:
A partir de segunda-feira, a Expedição poderá ser acompanhada em boletins diários na editoria de Economia da Gazeta do Povo e pela internet, em www.gazetadopovo.com.br/expedicaosafra.
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