O surgimento dos netbooks, em 2007, foi um marco na computação móvel. Mas só agora o netbook alcançou o status de computador de verdade. Variantes equipadas com o chip Ion, da Nvidia, deram inclusive a eles a capacidade de rodar vídeos em alta definição. A essa altura, no entanto, o desenvolvimento da tecnologia parece colocar o desenvolvimento desses aparelhos nua encruzilhada: os nebooks vão continuar a crescer ou o caminho da indústria agora passa por tablets, como o iPad e o prometido Slate, da HP?
Os netbooks que surgiram como uma nova categoria no mercado no lançamento do eeePC, da Asus, há menos de três anos ainda têm espaço principalmente por causa do fator custo-benefício. São aparelhos portáteis e competentes e que custas menos do que um smartphone de primeiro time. Mesmo a combinação netbook/smartphone é imbatível se levarmos em conta preço e usabilidade.
No caso dos tablets, a situação muda radicalmente. Pode não parecer, mas esse gadget é coisa antiga. Mesmo antes do Windows 95 já existiam tablets à venda, mas a aceitação sempre foi dificílima. Os UMPCs (Ultra Mobile PCs) também não fizeram sucesso, mesmo sendo bastante poderosos. O problema era a usabilidade: não adianta nada encolher um PC, colá-lo a um monitor sensível ao toque e esperar que o consumidor aceite-o.
Se a experiência de uso não for excepcional, muita gente vai preferir a interface clássica, teclado e mouse/trackpad, para operar o computador. Alguns fabricantes inclusive mesclaram o conceito do notebook/netbook comum com uma tela sensível ao toque, mas a dificuldade de uso sepultou a ideia.
Só um sistema operacional ou pelo menos uma interface feita sob medida para tablets pode convencer o usuário a utilizar o equipamento. E até agora, apenas a Apple, com o iPad, e a Le novo, com o Hybrid, mostraram que isso é possível. O iPad utiliza a mesma interface conhecida no iPhone, que é conhecida e bem-sucedida entre os usuários. O Hybrid usa uma versão do Android outro sistema já testado entre os usuárs de smartphones, com boa aceitação até agora feita sob medida para telas sensíveis.
Se oferecerem boa usabilidade, esses aparelhos devem conseguir uma sobrevida de pelo menos 5 anos. Depois disso, é inevitável a mescla de tablets e smartphones em um produto só, seja um smartphone com tela expansível ou um tablet dobrável.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast