As recentes descobertas de petróleo na camada do pré-sal são um estímulo para o desenvolvimento da indústria nacional de aço inoxidável, que responde no país pela geração de cerca de 200 mil empregos. A avaliação é do vice-presidente do Conselho Deliberativo do Núcleo Inox (Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável), Celso Barbosa.
Criada em 1986, a entidade tem como objetivos básicos promover, incentivar e proteger a utilização e o emprego dos diversos tipos de aços inoxidáveis nas áreas de aplicação já conhecidas, bem como em novos segmentos de consumo.
Classificado em graus de ligas resistentes à corrosão (LRC), o aço inox apresenta grande potencial de consumo dentro da exploração de óleo e gás. O produto já é utilizado na produção offshore (alto mar). Celso Barbosa afirmou que a construção de plataformas e os novos investimentos na área de refino nos próximos anos, a partir do pré-sal, demandarão novos equipamentos em aço inox, principalmente na forma de tubos e chapas. "Acompanhando a demanda dos aços em geral".
Ele destacou que o aço inoxidável detém o maior crescimento do consumo entre todos os metais. "Ele cresce, em média, 6% a 7% ao ano em termos mundiais". Em termos de produção, os números ultrapassam 30 milhões de toneladas por ano, principalmente pela entrada da China no mercado internacional.
O Brasil ainda mostra um amplo potencial de crescimento, disse Barbosa. Em 2009, de acordo com dados do Núcleo Inox, foram produzidas no país 324 mil toneladas de aço inox, entre planos e longos. Este ano, a expectativa é alcançar um nível próximo ao de 2008, antes da crise internacional, quando foram produzidas no país 379,8 mil toneladas de aço inox.
O Núcleo Inox abriu hoje (20), no Rio de Janeiro, o 10º Seminário Brasileiro do Aço Inoxidável, que ocorre a cada dois anos. Este ano, o evento traz uma edição internacional e que reúne especialistas que atuam na cadeia do aço inoxidável para compartilhar as novidades do setor com toda a comunidade. O foco principal do encontro é a exploração do petróleo e gás, em especial na camada do pré-sal. Especialistas da indústria de óleo e gás foram convidados a apresentar palestras no seminário, que vai até quarta-feira (22).
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