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Petrobras

Explosão em plataforma deixa 3 mortos

Construído em 1988, o navio-plataforma é operado pela norueguesa BW Offshore e fretado pela Petrobras desde 2009 | Divulgação/Arquivo/Agência Petrobras
Construído em 1988, o navio-plataforma é operado pela norueguesa BW Offshore e fretado pela Petrobras desde 2009 (Foto: Divulgação/Arquivo/Agência Petrobras)

Apenas três dias após Aldemir Bendine assumir a cadeira de presidente da Petrobras, uma explosão na casa de bombas do navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, na Bacia do Espírito Santo, deixou ao menos três mortos, seis desaparecidos e dez trabalhadores feridos.

É o mais grave acidente em uma plataforma da companhia desde março de 2001, quando três explosões sucessivas em tanques de óleo da plataforma P-36, no Campo de Roncador, no litoral norte fluminense, mataram 11 pessoas e acabaram levando a estrutura ao fundo do mar.

O acidente ocorreu por volta das 12h50 de ontem, mas apenas às 18 horas a Petrobras divulgou nota oficial confirmando a explosão e os óbitos, sem mencionar suas possíveis causas. Após um dia todo de informações desencontradas a empresa informou que 74 trabalhadores estavam embarcados na hora do acidente.

Surpreendida pela notícia em meio a uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a presidente Dilma Rousseff ligou para Bendine pedindo explicações. O presidente da estatal passou números e explicou que o navio pertence a uma empresa privada, a BW Offshore. "A presidente Dilma lamentou a perda de vidas e, em nome do governo, eu quero prestar as condolências aos familiares das vítimas. Também peço a Deus que os feridos tenham pronto restabelecimento", contou o ministro.

Os feridos foram levados para Vitória, dois deles com queimaduras graves e oito vítimas de trauma, segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Os pacientes foram encaminhados para o Hospital Metropolitano e o Vitória Apart Hospital. O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) afirmou que quatro feridos estavam em estado grave.

Construído em 1988, o navio-plataforma é operado pela norueguesa BW Offshore e fretado pela Petrobras desde 2009 para a produção de óleo e gás na camada pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a 120 km da costa do Espírito Santo. Em seu comunicado, a Petrobras afirmou que a BW está prestando assistência aos funcionários e familiares, com apoio da estatal

A Capitania dos Portos do Espírito Santos decidiu abrir inquérito para apurar as causas e responsabilidades na explosão. O prazo para a conclusão das investigações é de 90 dias. O Sindipetro-ES diz que o acidente foi causado por um vazamento de gás na praça de máquinas da casa de bombas.

No fim da tarde de ontem 31 pessoas permaneciam a bordo do navio-plataforma e 33 haviam sido desembarcadas. A Marinha deslocou um navio e duas aeronaves para a área do acidente "com a prioridade inicial de realizar a evacuação de pessoal e remover as vítimas para os hospitais da Grande Vitória".

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