Mais bois em exposição num momento em que a cotação se aproxima de R$ 120 por arroba pela primeira vez no estado. Essa é a estratégia da Expoingá, que começa hoje e segue até o dia 18, em Maringá, para ampliar o faturamento em leilões e ajudar a revigorar a bovinocultura do Paraná, que registrou redução de 9% (a 9,4 milhões de cabeças) em uma década, enquanto o país teve crescimento de 8% (para 211 milhões).
Dos 13 leilões previstos na programação, dez são de gado de corte. Segundo a organização, 11 mil bovinos participam do evento, 2 mil a mais do que no ano passado. A expectativa é movimentar R$ 4 milhões em negócios, 20% além da cifra de 2013. "A oferta está reduzida porque foram abatidas muitas fêmeas. O bezerro, então, se transformou em um produto de luxo", afirma o diretor de Pecuária da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Jucival Pereira de Sá.
Apesar de a pecuária ser um dos alicerces da Expoingá, a participação dos leilões de gado no volume total de negócios é pequena. Os R$ 4 milhões esperados correspondem a apenas 1,48% da movimentação geral, estimada em R$ 270 milhões e puxada principalmente pelo comércio de máquinas agrícolas.
A parcela restrita dos leilões na movimentação total das feiras é apontada como um reflexo do recuo da atividade na última década. Durante essa fase, o setor ganhou competitividade, investindo em confinamentos. Com a evolução dos preços da carne, os bovinos voltam à pauta dos negócios.
ExpoGenética
De hoje até o último dia da Expoingá, os pecuaristas, especialmente os de pequeno e médio porte, participam da primeira ExpoGenética, com palestras e avaliações de qualidade dos bovinos participantes. "É o grande diferencial para chamar a atenção desses produtores de gado de corte, que normalmente não têm acesso a essas tecnologias", explicou Pereira de Sá.
Estarão à venda materiais reprodutivos para aprimorar a genética dos animais. A intenção é atender a "base da pirâmide" da produção, justamente os menores pecuaristas, melhorando a fertilidade e a precocidade dos rebanhos.
