A Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (Expolondrina), maior evento da agropecuária do Paraná, está reforçando seu caráter técnico e cultural. No jantar de lançamento da 52.ª edição da feira, realizado ontem, a Sociedade Rural do Paraná (SRP) confirmou que, além dos tradicionais shows das estrelas da música sertaneja, a Exposição abrirá espaço para que especialistas e o setor produtivo discutam os desafios do agronegócio no estado em dez dias de programação.
Um dos assuntos que deve atrair maior número de participantes é a pecuária, que está concentrada no Norte do estado. O governo focou seu discurso no programa de melhoria da bovinocultura, que deve ser colocado em prática a partir deste ano e com metas para 2022. O objetivo do estado é aumentar o rebanho paranaense de 6 milhões para 8 milhões de cabeças no longo prazo. Para isso, é preciso reduzir a idade média de abate do gado de corte de 37 para 30 meses. "Assim vamos impulsionar a produção de carne, aumentar a produtividade e a receita do setor", explica o zootecnista da Emater Luiz Fernando Brondani, que participou da elaboração do plano de revitalização da pecuária.
Os desafios da cadeia de grãos também serão abordados na feira. Ao todo serão 40 eventos técnicos.
A expectativa da SRP é que a Expolondrina receba 500 mil pessoas e movimente R$ 350 milhões entre os dias 5 e 15 de abril. No ano passado, a feira faturou R$ 337 milhões. "A cada ano a feira vem aumentando sua importância e, com isso, a participação do governo, da iniciativa privada e do próprio público", afirma Gustavo Lopes, presidente da SRP.
Mas nem só de negócios é feita a ExpoLondrina. Serão 11 shows em oito dias. As três últimas noites ficarão por conta do maior campeonato de montaria em touros do país.