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As exportações brasileiras de carne suína mantiveram o ritmo de crescimento no mês de abril, com resultado positivo pelo quinto mês consecutivo. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), as vendas externas de abril somaram 53,99 mil toneladas, um crescimento de 10,8% em comparação às exportações de abril do ano passado e o maior volume embarcado desde julho de 2008.

O receio de que o avanço da nova gripe (influenza A H1N1) no mundo e a confirmação de casos da doença no Brasil pudesse prejudicar as vendas brasileiras não foi confirmado. "Os casos confirmados não alteram em nada a atual situação. Acredito que o momento mais crítico já tenha sido superado e aquela preocupação inicial da população já está se reduzindo", afirma Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs.

O aumento do volume, no entanto, ainda não se reflete nos preços. A receita com as vendas de abril sofreu uma retração de 20,4% em comparação ao mesmo mês de 2008 e fechou o mês passado em US$ 103,9 milhões. A menor arrecadação é explicada pela desvalorização da carne suína brasileira no mercado internacional. Em abril, a tonelada do produto nacional foi vendida em média a US$ 1.926, queda de 28,2% em comparação a abril do ano passado e o menor preço de 2008.

Segundo Camargo Neto, a expectativa do setor é de que o mercado chinês seja finalmente aberto com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva àquele país no próximo dia 19. Segundo ele, toda a documentação necessária já foi entregue à China, faltando apenas aprovação do governo daquele país e habilitação dos frigoríficos para que os embarques sejam iniciados.

Com os resultados de abril, as exportações brasileiras de carne suína em 2009 somam 178,79 mil toneladas, volume que supera em 18,1% os embarques dos quatro primeiros meses do ano passado. Em receita, as exportações arrecadaram US$ 377,25 milhões, desempenho que representa uma queda de 4,1% ante as vendas do primeiro quadrimestre de 2008.

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