As exportações brasileiras de celulose registraram forte queda em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, assim como a produção do insumo.
Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), no mês passado as exportações totalizaram 662 mil toneladas, queda de 13,2 por cento em relação ao mesmo período de 2009 e de 2,4 por cento ante agosto.
A queda das vendas externas de celulose na comparação anual pode ser atribuída à forte base de comparação, pois em setembro de 2009 os embarques à China tiveram aumento expressivo.
No acumulado do ano, as exportações de celulose alta de 0,7 por cento, para 6,182 milhões de toneladas.
A Europa continua sendo o principal destino das exportações brasileiras de celulose, com 1,572 milhão de toneladas embarcadas entre janeiro e setembro, enquanto a China responde sozinha por 857 mil toneladas.
Já a produção total de celulose foi de 1,167 milhão de toneladas em setembro, queda de 3,6 por cento na comparação com igual mês de 2009 e alta de 1,1 por cento sobre agosto deste ano.
De janeiro a setembro, o Brasil produziu 10,447 milhões de toneladas de celulose, sendo 8,9 milhões correspondentes a fibra curta, 1,217 milhão de toneladas de fibra longa e 330 mil toneladas de pasta de alto rendimento. A produção dos nove primeiros meses do ano é 6,6 por cento maior que nos mesmos meses de 2009.
"Parcela significativa desse volume permaneceu no mercado interno e foi direcionada à produção de papéis", disse a Bracelpa, em nota.
Leve alta em papel
Ainda de acordo com a Bracelpa, a produção brasileira de papel avançou 1,4 por cento ante setembro de 2009 e caiu 3 por cento contra agosto, chegando a 811 mil toneladas. No acumulado do ano, o crescimento é de 5,1 por cento, para 7,732 milhões de toneladas.
Do total produzido no mês passado, 406 mil toneladas correspondem a embalagens e 215 mil toneladas a papéis de imprimir e escrever, altas de 5,5 por cento e queda de 0,5 por cento, respectivamente, em comparação a setembro do ano passado.
No mês passado, foram exportadas 159 mil toneladas de papel, queda de 9,7 por cento ante o mesmo mês do ano anterior e alta de 0,6 por cento em relação a agosto. No ano, a alta das vendas externas de papel é de 6,9 por cento, para 1,572 milhão de toneladas.
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