Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, a receita das exportações da proteína terá aumento de 20% em 2012, passando dos US$ 6 bilhões pela primeira vez na série histórica da entidade, que começou em 1996.
Em volume, haverá uma reversão da queda de 10,8% de 2011 em relação a 2010 para um crescimento de 10% em 2012. Desde 2007 o setor não registra crescimento anual das exportações em volume. "Nossas expectativas para 2012 são decorrentes de fatores que já estão acontecendo", diz Camardelli. Dentre esses fatores estão a retomada de volumes embarcados à Rússia, a abertura das importações de carne in natura pelos Estados Unidos e a flexibilização das regras exigidas pela União Europeia rastreabilidade, lista de fazendas habilitadas a exportar para o bloco e cota Hilton, que define quanto da carne deve vir da gado criado no pasto e em confinamento.
A receita cambial com exportação de carne bovina apresentou aumento de 11,65% em 2011, passando de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões, impulsionada pelo crescimento de 25,17% nos preços médios do produto no período, segundo a Abiec. O preço da tonelada subiu de US$ 3.913 para US$ 4.898 de 2010 para 2011.
O segmento in natura foi o tipo de carne que liderou os embarques, com receita de US$ 4,167 bilhões, representando alta de 7,98% ante 2010 e 75% do total exportado no ano passado. Os principais destinos, em volume, foram: Rússia (22%), Hong Kong (17%), Irã (12%), União Europeia e Egito (10% cada). Em termos de faturamento, os principais destinos foram: Rússia (20%), União Europeia (16%), Hong Kong e Irã (13% cada) e Egito (8%).
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