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COMÉRCIO EXTERIOR

Exportação do Paraná é a mais baixa em cinco anos

Porto de Paranaguá: retração nos embarques de soja foi um dos responsáveis pela queda das exportações totais. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Porto de Paranaguá: retração nos embarques de soja foi um dos responsáveis pela queda das exportações totais. (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

As empresas paranaenses exportaram US$ 853 milhões em fevereiro, o valor mensal mais baixo em cinco anos. A receita de exportação baixou 6% em relação a janeiro e 35% na comparação com fevereiro de 2014, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O mau desempenho se deve, principalmente, à forte retração nas exportações de soja, que baixaram quase 80%, em valor, na comparação anual. Embora a produção tenha crescido nesta safra, os produtores parecem estar negociando mais lentamente a colheita.

Em fevereiro de 2014, os embarques de soja e outras oleaginosas somaram 771 mil toneladas; desta vez, foram apenas 210 mil toneladas, e a um preço médio 20% mais baixo. Com isso, o faturamento com as vendas externas do grão nessa mesma comparação baixou de US$ 377 milhões para US$ 83 milhões.

Bimestre fraco

No acumulado do primeiro bimestre, o desempenho das exportações totais do Paraná também foi bem inferior ao do mesmo período do ano passado. A receita dos dois primeiros meses do ano caiu 21%, para US$ 1,76 bilhão, valor mais baixo para o período desde 2010.

Além da queda da receita de exportação da soja em grão, de 73% no bimestre, contribuíram para esse resultado a baixa nas vendas de veículos e peças (-59%), farelo de soja (-43%) e máquinas e equipamentos mecânicos (-10%). Por outro lado, dentre os principais grupos de produtos exportados pelo estado, cresceram as vendas de carnes (0,3%), madeira (4%), açúcar (32%) e cereais (40%).

Importações

Num claro sintoma do desaquecimento da economia brasileira, as importações também estão caindo. No Paraná, a compra de importados recuou 17% no primeiro bimestre, para US$ 2,1 bilhões. Caíram as importações de máquinas e equipamentos mecânicos (-23%), veículos e peças (-20%), petróleo (-31%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-27%). Dos cinco principais grupos de produtos importados, apenas as compras de fertilizantes aumentaram (23%).

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