As empresas do Paraná exportaram US$ 1,58 bilhão em abril, 9% mais que no mesmo período de 2012. Foi a primeira vez em seis meses que as vendas ao exterior cresceram nesse tipo de comparação.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do governo federal, mostram que o resultado foi influenciado pelo aumento nos embarques de produtos como milho, farelo de soja, óleo de soja, açúcar e madeira.
Apesar da reação no mês passado, o desempenho das exportações de 2013 ainda não se igualou ao dos primeiros meses do ano passado. Segundo a Secex, no acumulado do primeiro quadrimestre as vendas caíram 5%, de US$ 5,29 bilhões em 2012 para US$ 5,02 bilhões neste ano.
Uma das principais razões para a baixa está na lentidão dos embarques de soja, que chegaram ao fim de abril 13% abaixo da marca alcançada na mesma época do ano passado. O atraso se deve às chuvas que interromperam as atividades no Porto de Paranaguá em 30 dos 90 primeiros dias do ano e à prioridade dada ao carregamento do milho "safrinha" de 2012. Como os embarques de soja parecem ter engrenado na primeira quinzena de maio, é possível que a virada nos números ocorra ainda neste mês.
A forte queda nas exportações de óleo combustível, da ordem de 90%, também puxou para baixo os números totais do estado, assim como a retração do comércio de café em grão, que caiu pela metade.
Veículos
O impacto mais forte veio da queda nas vendas da indústria automotiva. De janeiro a abril, as exportações de veículos e componentes caíram 33%, uma perda de mais de US$ 200 milhões.
Parte da retração se deve à paralisação de dois meses da fábrica de automóveis da Renault, que foi ampliada. Maior exportadora do estado em 2012, a montadora só voltou a produzir em 8 de fevereiro. Mas ela não foi a única responsável pelo recuo dos números do setor: também diminuíram as vendas de autopeças, caminhões e chassis de ônibus.