O cenário nebuloso para a economia em 2009 está dificultando as projeções para o comércio exterior brasileiro, segundo especialistas da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). "Fazer previsões para a balança comercial em 2009 é hoje um exercício que envolve elevada incerteza", afirma o economista-chefe da Funcex, Fernando Ribeiro.
Mesmo com as dificuldades, Ribeiro avalia que "um cenário plausível para 2009" que indica que as exportações "poderiam sofrer uma queda" de 16%, ficando em US$ 167 bilhões, enquanto as importações teriam redução menor, de 10%, com US$ 157 bilhões. O saldo comercial, segundo a Funcex, se reduziria para US$ 10 bilhões.
Para o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, a única certeza para o próximo ano é que as importações vão recuar em relação a 2008. As projeções da AEB para 2009 serão apresentadas em 6 de janeiro. Tradicionalmente, a instituição divulga as estimativas anuais em dezembro mas, segundo Augusto de Castro, dessa vez haverá um pequeno atraso, já que será preciso aguardar os resultados fechados do ano do Ministério do Desenvolvimento, a serem apresentados na próxima sexta-feira. "Sempre pode haver erro nas projeções, mas antes havia um parâmetro, agora não há.
As principais incertezas para o comércio exterior brasileiro em 2009 são, segundo Augusto de Castro, o desempenho da demanda interna e externa, o preço das matérias-primas (commodities) e a disponibilidade de crédito para exportações e importações.
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