Mesmo com uma queda de 22% nos volumes embarcados, as exportações brasileiras para os países árabes cresceram 4,1% no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado. Os números foram divulgados nesta quarta (15) pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que considera positivo o resultado das vendas brasileiras para aquele mercado, num total de US$ 4,3 bilhões, nos primeiros seis meses de 2009.

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Segundo o presidente da entidade, Salim Taufic Schahin, os países árabes sentiram pouco os efeitos da crise mundial e estão crescendo. As taxas de crescimento deles são bem consistentes e mais fortes que as nossas. Estima-se que o PIB [Produto Interno Bruto] aumente entre 3% e 3,5% nos próximos anos."

Apesar de ter registrado queda de 9% em comparação com o mesmo período de 2008, a carne foi o produto que liderou as exportações brasileiras, com embarques de US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre.

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Açúcar e minério de ferro também estão entre os produtos brasileiros mais vendidos para aquele mercado. Juntos com a carne, representam 61% do volume negociado com os países árabes. O Brasil ainda vende aeronaves da Embraer para aquela região.

Na avaliação de Schahin, os empresários brasileiros ainda têm dificuldades para exportar para os países árabes. "Um pouco por falta de informação e conhecimento. Nesse ponto, a crise nos ajudou, porque algumas empresas passaram a buscar oportunidades no mercado externo."

De acordo com ele, os empresários brasileiros têm bons produtos, preços e competitividade, mas alguns fatores, como a distância e a logística, dificultam um pouco as relações comerciais bilaterais. "Há poucas linhas aéreas e marítimas, exemplificou.

No primeiro semestre deste ano, entretanto, o Brasil comprou menos dos países árabes. Em relação ao mesmo período do ano passado, as importações brasileiras daquele mercado tiveram redução de 61%. Schahin explicou que uma das razões para isso foi o aumento da produção brasileira de petróleo. "A queda expressiva do preço do barril também contribuiu [para esse resultado]."

Schahin destacou ainda que o governo tem papel importante no incremento das exportações brasileiras para o mercado árabe. "O presidente Lula e os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão empenhados em aproximar os países árabes do Brasil".

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Neste ano, prevê Schahin, a balança comercial entre os dois mercados deve fechar com superávit favorável ao Brasil. Ele lembrou que empresários do Iêmen, dos Emirados Árabes Unidos, do Kuwait, da Jordânia e do Barhein vieram ao país em junho para participar de evento promovido pela Associação Paulista de Supermercados e fecharam negócios de US$ 6 milhões.

Árabes e brasileiros também querem estreitar relações na área de turismo. Segundo Schahin, há um projeto da entidade para incentivar o turismo entre o Brasil e aqueles países.

15/07/2009 16:35 - AB/ /EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA PAÍSES ÁRABES CRESCEM 4,1% NO PRIMEIRO SEMESTRE

Exportações brasileiras para países árabes crescem 4,1% no primeiro semestre

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Mesmo com uma queda de 22% nos volumes embarcados, as exportações brasileiras para os países árabes cresceram 4,1% no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado. Os números foram divulgados hoje (15) pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que considera positivo o resultado das vendas brasileiras para aquele mercado, num total de US$ 4,3 bilhões, nos primeiros seis meses de 2009.

Segundo o presidente da entidade, Salim Taufic Schahin, os países árabes sentiram pouco os efeitos da crise mundial e estão crescendo. As taxas de crescimento deles são bem consistentes e mais fortes que as nossas. Estima-se que o PIB [Produto Interno Bruto] aumente entre 3% e 3,5% nos próximos anos."

Apesar de ter registrado queda de 9% em comparação com o mesmo período de 2008, a carne foi o produto que liderou as exportações brasileiras, com embarques de US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre.

Açúcar e minério de ferro também estão entre os produtos brasileiros mais vendidos para aquele mercado. Juntos com a carne, representam 61% do volume negociado com os países árabes. O Brasil ainda vende aeronaves da Embraer para aquela região.

Na avaliação de Schahin, os empresários brasileiros ainda têm dificuldades para exportar para os países árabes. "Um pouco por falta de informação e conhecimento. Nesse ponto, a crise nos ajudou, porque algumas empresas passaram a buscar oportunidades no mercado externo."

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De acordo com ele, os empresários brasileiros têm bons produtos, preços e competitividade, mas alguns fatores, como a distância e a logística, dificultam um pouco as relações comerciais bilaterais. "Há poucas linhas aéreas e marítimas, exemplificou.

No primeiro semestre deste ano, entretanto, o Brasil comprou menos dos países árabes. Em relação ao mesmo período do ano passado, as importações brasileiras daquele mercado tiveram redução de 61%. Schahin explicou que uma das razões para isso foi o aumento da produção brasileira de petróleo. "A queda expressiva do preço do barril também contribuiu [para esse resultado]."

Schahin destacou ainda que o governo tem papel importante no incremento das exportações brasileiras para o mercado árabe. "O presidente Lula e os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão empenhados em aproximar os países árabes do Brasil".

Neste ano, prevê Schahin, a balança comercial entre os dois mercados deve fechar com superávit favorável ao Brasil. Ele lembrou que empresários do Iêmen, dos Emirados Árabes Unidos, do Kuwait, da Jordânia e do Barhein vieram ao país em junho para participar de evento promovido pela Associação Paulista de Supermercados e fecharam negócios de US$ 6 milhões.

Árabes e brasileiros também querem estreitar relações na área de turismo. Segundo Schahin, há um projeto da entidade para incentivar o turismo entre o Brasil e aqueles países.

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