As exportações da China registraram em dezembro o maior crescimento em sete meses, após sete trimestres consecutivos de desaceleração, mas a fraca demanda global indica que não será uma recuperação duradoura.

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As incertezas no cenário comercial contrastam com dados que mostraram resistência na demanda doméstica por empréstimos. Essa seria mais uma evidência de que a segunda maior economia do mundo recuperou-se na direção de uma expansão de 8% no último trimestre de 2012 graças à forte demanda doméstica.

A expansão da atividade pode tranquilizar os novos líderes da China após uma transição de poder no Partido Comunista em novembro, e segue-se a uma série de medidas para estimular o crescimento econômico, que deve registrar a menor taxa anual desde 1999.

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Dados do comércio exterior divulgados nesta quinta-feira mostraram que o valor das exportações chinesas cresceu 14,1% no último mês comparado com o ano anterior, superando as expectativas de analistas consultados pela Reuters, que esperavam uma taxa de 4%.Economistas disseram que a aceleração no ritmo das vendas ao exterior deve-se a fatores que não sugerem recuperação sustentável: base de comparação muito baixa em 2011 e os exportadores estarem se desfazendo de encomendas de fim de ano.

O escritório da alfândega chinesa, responsável pela divulgação das informações, concordou. "O comércio da China ainda enfrenta incertezas em 2013", disse Zheng Yusheng, porta-voz do escritório da alfândega. "Mas acreditamos que a situação comercial será relativamente melhor na comparação com 2012."

O valor das importações cresceu 6% em dezembro sobre 2011, também superando estimativa de 3% do mercado.

Em 2012, a China deve ter registrado superávit em conta corrente de 3% do Produto Interno Bruto, disse Haibin Zhu, economista do JPMorgan. A expectativa para 2013 é que o saldo positivo nas transações correntes deve ficar praticamente estável em 2,9% do PIB.

A aceleração das exportações no fim do ano passado não contribuiu para a China atingir suas metas comerciais. No ano, as vendas cresceram 7,9% e as importações 4,3%, bem abaixo do objetivo de 10% para ambos.

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"No fim do ano, os exportadores tendem a responder rapidamente aos aumentos de pedidos do exterior", afirmou Ma Xiaoping, economista do HSBC, em Pequim.

"Se você olhar paara os fundamentos dos Estados Unidos e da Europa, isso pode ser uma alta temporária. Nos próximos anos, esperamos um crescimento das exportações em níveis baixos, abaixo de 10% em 2013."