Desvalorização de commodities como minério de ferro e petróleo prejudicam as exportações do país| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Petróleo

Petrobras estabelece novo recorde de refino

Folhapress

A fim de reduzir a necessidade de importações de combustíveis, a Petrobras acelerou o uso da capacidade de suas refinarias e bateu recorde de produção de derivados em 2014. Foram refinados no país 2,17 milhões de barris de petróleo por dia – 2,1% a mais do que em 2013. Esse é o sexto recorde anual consecutivo. O aumento da produção foi impulsionado especialmente pelo maior refino de gasolina, diesel e querosene (usado pela indústria).

A estratégia da estatal é operar praticamente a plena capacidade para minimizar o custo da importação de derivados. De janeiro a setembro de 2014, o uso da capacidade das refinarias atingiu 98%, um ponto percentual a mais do que no mesmo período de 2013.

Consumo

Para atender o aumento do consumo doméstico, a Petrobras teve de importar 414 milhões de barris/dia de derivados de petróleo de janeiro a setembro de 2014 (último dado disponível, relatado no balanço do terceiro trimestre da estatal). O volume supera em 10% o de igual período em 2013.

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Os dados do comércio do Brasil com o exterior mostraram forte desaceleração neste início de ano. A média diária de exportações atingiu em janeiro de 2015 o menor valor para o mês desde 2010, enquanto as importações ficaram abaixo do registrado nos dois últimos anos.

INFOGRÁFICO: Veja os indicadores da balança brasileira em janeiro

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A queda de 10,4% nas vendas externas em relação ao mesmo período de 2014 está relacionada à redução nos preços dos produtos básicos exportados pelo Brasil, principalmente minério de ferro para a China, e também à queda das exportações de veículos para a Argentina. As importações 12% menores, por outro lado, refletem a queda na compra de bens de consumo, por causa do dólar, e de matéria prima e máquinas pelo setor produtivo.

Em janeiro, o Brasil exportou US$ 13,7 bilhões e importou US$ 16,9 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Como a desaceleração nas compras foi maior do que nas vendas, a diferença, o saldo comercial de US$ 3,2 bilhões, ficou abaixo do resultado negativo de US$ 4,0 bilhões em janeiro de 2014.

O ministério ainda não faz previsões para a balança comercial, mas aposta em um saldo comercial positivo. Em 2014, o Brasil registrou o primeiro déficit desde 2000. "Não traçaremos meta para exportações. Apenas trabalhamos com expectativa de um saldo positivo no ano", afirmou Daniel Godinho, secretário de Comércio Exterior.

Mercado chinês

O minério de ferro, cujos preços caíram pela metade em um ano, respondeu por 40% da queda nas exportações em janeiro. Para a China, principal comprador, o recuo foi de 63%.

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Godinho citou ainda a queda nas exportações de carnes para a Rússia, incluindo bovina (-67%), suína (-12%) e frango (-14%), mas afirmou acreditar em aumento nas vendas neste ano. Já as exportações de veículos caíram 58%, especialmente para a Argentina.