Após três meses de queda, as exportações do Paraná reagiram em dezembro. No mês passado, o estado embarcou US$ 979 milhões em mercadorias, apresentando um crescimento de 12% sobre os US$ 868 milhões de novembro de 2008. Na comparação com dezembro de 2007, as exportações ficaram praticamente estáveis, com um acréscimo de apenas US$ 8 milhões.
As importações subiram 6% no mês passado, para US$ 1,035 bilhão. Assim, o saldo da balança comercial do estado foi negativo em US$ 55 milhões. A tendência de saldo em queda se consolidou ao longo de 2008, quando as exportações totais aumentaram 23,4%, para US$ 15,2 bilhões, enquanto as importações se expandiram 61% e atingiram a marca de US$ 14,5 bilhões. O superávit da balança caiu dos US$ 2,3 bilhões registrados em 2007 para US$ 700 milhões no ano passado.
A reação das exportações no mês passado é explicada por um embarque maior de produtos agrícolas, cujos preços tiveram uma recuperação no fim do ano passado, e pela venda de veículos e máquinas agrícolas. A reorganização da logística portuária, após os problemas no Porto de Itajaí em novembro, foi outro fator que pesou para o melhor desempenho de dezembro.
Mudanças
O relatório divulgado nesta semana pelo Ministério do Desenvolvimento mostra o perfil do comércio exterior do Paraná. O agronegócio ganhou musculatura com os preços altos das commodities no mercado internacional. O produto mais exportado foi a soja em grão, com vendas próximas de US$ 2 bilhões, um crescimento de 86% em relação a 2007. Em seguida, veio o farelo de soja (US$ 1,3 bilhão), cortes de frango (US$ 870 milhões), frango inteiro (US$ 679 milhões) e óleo de soja (US$ 679 milhões).
Com o crescimento do setor agrícola, as montadoras Volkswagen e Renault foram desbancadas da posição de maiores exportadores do estado. No ano passado, a Bunge ficou no topo do ranking, com vendas de US$ 968 milhões. Em seguida, vieram Sadia (US$ 881 milhões), Volks (US$ 767 milhões), Volvo (US$ 630 milhões) e Renault (US$ 592 milhões). A maior importadora do Paraná é a Petrobras, cujas compras de US$ 3,2 bilhões foram impulsionadas pela alta no petróleo no primeiro semestre de 2008.
