O governo chinês traçou um cenário negativo para o comércio exterior do país depois da divulgação de uma inesperada queda no volume de exportações e importações no mês de junho.

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Os dados levantam novas preocupações sobre o ritmo de desaceleração da segunda maior economia do mundo e colocam mais pressão sobre o governo para agir diante das incertezas sobre a capacidade de se atingir a meta de crescimento para 2013.

A China é um dos maiores parceiros comerciais brasileiros e sua desaceleração tem contribuído neste ano para reduzir as exportações de minério de ferro, um dos principais itens da pauta internacional brasileira.

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Os novos líderes da China, incluindo o primeiro-ministro Li Keqiang, têm mostrado tolerância com crescimento mais lento, ao mesmo tempo em que avançam com esforços para reformar a economia no longo prazo, mas qualquer queda contínua na performance econômica pode testar a determinação deles.

"A próxima semana será um teste para o governo em revelar quanto de desaceleração do crescimento ele está disposto a tolerar", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe do Nomura, em nota a cliente.

A queda nas exportações foi a primeira desde janeiro de 2012. O recuo no mês, de 3,1%, também ficou bem abaixo do nível acumulado no semestre -a alta ficou em 10,4%.

As importações recuaram 0,7%, ante expectativa de aumento de 8%. O superavit comercial ficou em US$ 27,1 bilhões , informou a administração de alfândega, em linha com os US$ 27 bilhões.

Os dados de exportação de junho seguem a restrição ao uso de dados falsos que exageraram as exportações mais cedo neste ano, e podem agora refletir o cenário real, disseram autoridades da alfândega.

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Entretanto, o ambiente externo permanece fraco e os altos custos trabalhistas e um iuan mais forte desencorajam os exportadores, disse a alfândega.

"A China enfrenta desafios relativamente rigorosos no comércio atualmente", disse o porta-voz da alfândega Zheng Yuesheng. "As exportações no terceiro trimestre parecem ruins."

As exportações para os Estados Unidos, maior mercado de exportação da China, caíram 5,4% em junho, enquanto as exportações para a União Europeia recuaram 8,3%. As vendas de produtos chineses para o Brasil, um dos poucos a comprar mais do parceiro no mês, subiram 5,1%.