Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Cara de um, focinho de outro

Exposição apresenta primeira vaca clonada do Paraná

Canjica, primeira vaca clonada no Paraná na Expolondrina | Roberto Custódio / Agência de notícias Gazeta do Povo
Canjica, primeira vaca clonada no Paraná na Expolondrina (Foto: Roberto Custódio / Agência de notícias Gazeta do Povo)

Canjiquinha é uma cópia idêntica de Canjica. Ela é o primeiro clone bovino paranaense e o primeiro clone da raça Brangus no Brasil e tem chamado a atenção de quem visita a  Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. A experiência começou em 2007, numa parceria entre a Unopar e a Universidade Federal do Pará (UFPA), com colaboração da Universidade Estadual de São Paulo (USP). Já foram investidos R$ 3 milhões no projeto, que tem como objetivo principal o desenvolvimento de animais transgênicos. A partir de agosto, a produção de clones em série deve acelerar. De acordo com Paulo Roberto Adona, biólogo doutor em produção animal e coordenador do projeto de clonagem da Unopar, a expectativa é chegar a produzir em torno de 10 animais por mês, para atender pretensões comerciais.  De acordo com o pesquisador Adona, Canjica foi escolhida para ser a doadora da célula por ser uma vaca premiada, vencedora nacional da raça Brangus em 2006. "Elas são 99,9% iguais. As poucas diferenças que existem são devidas ao ambiente. Canjica foi criada no campo, é um pouco mais arisca. Por ser criada em cocheira, Canjiquinha é mais mansa".   A maior dificuldade dos animais clonados, ela já superou: ultrapassar os primeiros dois meses de vida – apenas 1,5% deles sobrevivem a esse período. De acordo com Renato Zanin, veterinário da fazenda, o animal clonado recebe atenção especial até completar um mês de vida, depois é tratado como um animal de exposição normal. "Ao nascer, o clone é levado para uma baia que é uma UTI porque nascem com grande probabilidade de problemas cardíacos e respiratórios. Ali ele fica por 10 dias". De acordo com Zanin, a tendência é de que ela cresça ficando com as mesmas características de Canjica. "Ainda não podemos comparar porque a Canjica foi comprada quando já era mais velha do que a Canjiquinha é hoje. Mas percebemos que a cor do pelo e outras características ficam cada vez mais parecidas". Segundo ele, quem observa bem percebe que a expressão das duas é a mesma. Além disso, elas têm os mesmos sinais, como um pequeno caroço na lateral do focinho.  É a primeira vez que Canjiquinha, que nasceu em junho de 2010, sai de casa, a Fazenda Experimental da Universidade do Norte do Paraná (Unopar), localizada em Tamarana. O vendedor Robson de Oliveira parou para ver, pela primeira vez, um animal clonado. "Parece uma vaca normal. Será que ela fica igualzinha à outra?"

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.