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O Senado argentino aprovou por 63 votos favor, 3 contra e 4 abstenções o projeto de lei do Executivo que declara os recursos energéticos de utilidade pública e expropria 51% de participação da Repsol na YPF. Houve duas ausências, uma delas a do ex-presidente Carlos Menem, que promoveu a privatização da YPF. O texto inclui a estatização da Repsol YPF Gas. A votação foi realizada na madrugada desta quinta-feira (26), por volta da 1h20, depois de um árduo debate iniciado às 10 horas da quarta-feira.

O projeto será enviado à Câmara, onde começa a ser debatido na sexta-feira para ser levado ao plenário na próxima quinta-feira, dia 3. Dos 257 assentos, o governo tem 135 mais os aliados à proposta, que prometem repetir o cenário do Senado, onde prevaleceram muitos questionamentos e fortes críticas à política energética adotada pelo governo. Mas a maioria votou a favor da lei. "Não estamos de acordo com a metodologia que o governo usou para retomar o controle da companhia emblemática. Os fins não justificam os meios", disparou Liliana de Alonso (Aliança Compromisso Federal/San Luis).

A socialista Norma Morandini, de Córdoba, justificou sua abstenção ao fato de não concordar com a forma usada pelo governo para nacionalizar 51% da companhia e à negativa oficial de criar um mecanismo de controle da gestão oficial com participação do Legislativo. "Será YPF uma agência de emprego do governo, como ocorre em outras empresas reestatizadas? O que vai acontecer com a YPF?", indagou o opositor Ernesto Sanz (União Cívica Radical-UCR/ Mendoza).

O presidente da comissão de Energia, o governista Marcelo Fuentes (Frente pela Vitória -FPV) defendeu o projeto oficial, mas reconheceu que "a expropriação da YPF não vai solucionar a crise energética".

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