Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
SUSTENTABILIDADE

Fábrica da Leão tem até grama no teto

“Telhado verde” mantém isolamento térmico e contribui para economia de energia | Alessandro Couto /SABB
“Telhado verde” mantém isolamento térmico e contribui para economia de energia (Foto: Alessandro Couto /SABB)

Economia de 23% no consumo de energia e 36% no de água são resultados das medidas de sustentabilidade adotadas pela fábrica de chás secos da Leão, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. Atendendo mais de 30 critérios do Green Building Council Brasil (GBCB), organização que auxilia o desenvolvimento da construção sustentável, a fábrica foi a primeira do país a receber a certificação Leed – sigla em inglês para "liderança em energia e design ambiental" – na categoria Nova Construção.

Entre as várias medidas adotadas pela Leão estão a plantação de grama nos telhados, que ajuda a manter o isolamento térmico, reduzindo o gasto de energia com ar condicionado, ventilador e aquecedores.

A unidade da Leão faz parte do Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil (SABB), do grupo Coca-Cola. Segundo o gerente de sustentabilidade e responsabilidade social do SABB, Fabiano Rangel, se os funcionários estão em um ambiente onde o ar é constantemente renovado, não há acúmulo de gás carbônico (CO2), os trabalhadores não se sentem sonolentos e a produção se mantém.

Para atender aos critérios da certificação "verde", diz Rangel, a empresa precisou gastar de 13% a 15% mais na construção, em comparação ao custo de uma fábrica convencional – mais que o investimento extra de 2% a 7% que a GBCB estima para tornar sustentável um prédio comercial. A fábrica da Leão saiu mais cara por causa da dificuldade em comprar certos materiais durante o desenvolvimento do projeto e a construção, a partir de 2006.

"Tivemos de buscar a tecnologia, o que encareceu o projeto. Hoje esse custo não existiria, tanto que nos projetos das próximas empresas as mudanças já estão incluídas", explica Rangel. De acordo com o presidente do SABB, Axel de Meeûs, o custo para tornar a fábrica sustentável não é repassado ao consumidor. "O cliente é exigente. Ele sabe o que é bom e temos de evoluir para atender à demanda."

O gerente de relações governamentais e institucionais da GBCB, Felipe Augusto Faria, conta que as despesas dependem do tipo de construção, mas que o ideal é pensar nas melhorias desde o início do projeto. "O que encarece ou não é o momento em que você começa a pensar nisso. Às vezes o prédio está pronto e já tem algumas adaptações. Assim fica mais fácil de torná-lo mais sustentável, mudando a iluminação, por exemplo. Em outros casos, é mais complicado. Mudar o sistema de ventilação de uma sala totalmente fechada exige mudanças maiores", diz.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.