A fabricante de semirreboques Pierino Gotti, de Colombo (Região Metropolitana de Curitiba), é a terceira empresa paranaense a aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do governo federal. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social, 102 funcionários da companhia tiveram a jornada de trabalho e os salários reduzidos por um prazo de seis meses a partir da última sexta-feira (19).
O ministério não informou qual o porcentual do corte, mas o PPE permite que a carga horária seja reduzida em até 30%. No caso dos salários, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) cobre até metade desse porcentual, de forma que a remuneração do empregado diminui até 15%.
Desde julho de 2015, 89 empresas brasileiras aderiram ao programa, com um total de 52,9 mil funcionários. Outras 18 companhias, com 2,5 mil trabalhadores, solicitaram enquadramento e aguardam a análise do governo.
Antes da Pierino Gotti, duas empresas instaladas no Paraná entraram no PPE. A primeira foi a Caterpillar, de Campo Largo, que cortou carga horária e remuneração de 336 funcionários por três meses a partir de 19 de outubro de 2015.
A segunda foi a Volkswagen, de São José dos Pinhais, com 2.757 funcionários. Ela aderiu por seis meses a partir de 1.º de dezembro do ano passado.
Em avaliação
Quatro pedidos de adesão de empresas paranaenses ainda estão sendo avaliados pelo ministério. Um deles provavelmente é da CNH Industrial, que produz máquinas agrícolas das marcas New Holland e Case em Curitiba. Em dezembro, os trabalhadores da empresa aprovaram um corte de 26% na jornada e de 13% nos salários por seis meses, a partir de 1.º de março.