Com 1,35 bilhão de usuários, oFacebookpoderia ser enquadrado como a segunda nação mais populosa do mundo se fosse um país.
Mas enquanto seus usuários podem povoar apenas um país virtual, o Facebook afirma que gera muita atividade econômica real: US$ 227 bilhões de impacto econômico e 4,5 milhões de empregos em 2014, segundo estudo da consultoriaDeloitte & Touche, elaborado a pedido da rede social.
O levantamento avaliou negócios que mantêm páginas no Facebook, bem como aplicativos e jogos para dispositivos móveis que usuários utilizam na rede social e medidas sobre a atividade econômica resultante. O estudo também considera a demanda por aparelhos e serviços de conectividade gerada pela rede social.
Quando uma companhia faz um anúncio no Facebook, por exemplo, parte das vendas resultantes pode ser diretamente atribuída à rede social. Quando usuários doaram US$ 100 milhões para pesquisa de esclerose lateral amiotrófica (ELA) durante o popular "desafio do balde de gelo", o recurso de autoplay do Facebook teve um papel importante na campanha.
No Brasil
Segundo o estudo da Deloitte, o Facebook é responsável no Brasil por um impacto de US$ 10 bilhões na economia local, além de gerar 231 mil empregos.
Atualmente, são 91 milhões de brasileiros conectados ao Facebook todos os meses e 2,1 milhões de pequenas empresas com páginas ativas. O número de brasileiros conectados a uma pequena empresa - que interagem com conteúdos publicados por elas - chega a 72 milhões de pessoas, ou 80% da base mensal. O volume é superior à média mundial, de 70%. "O Brasil possui um grande número de empreendedores de pequeno porte e boa parte deles já descobriu como podem usar o Facebook para expandir seus negócios. Hoje 1 em cada 3 pequenas empresas possui página no Facebook e boa parte delas já consegue se beneficiar das conexões para impulsionar vendas e também gerar empregos", afirma em comunicado Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na América Latina.
Economia digital
"As pessoas acreditam que a tecnologia cria empregos no setor de tecnologia e destrói empregos em outras áreas", disse a vice-presidente operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, em entrevista à Reuters. "Este estudo mostra que isso não é verdade."
Segundo Sandberg, a rede social está ajudando a criar uma nova onda de pequenas empresas em todas as áreas da economia. Ela citou um grupo de mulheres jovens em Bangalore, na Índia, que começou uma empresa de acessórios para cabelo.
O levantamento vai dar a Sandberg assunto para debater quando participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, nesta semana. Na quinta-feira (22) a executiva participa de um painel junto com o presidente do Conselho do Google, Eric Schmidt, e com o presidente da Microsoft, Satya Nadella, sobre o futuro da economia digital.
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