Sexo, dinheiro e traição: seria essa a história de Mark Zuckerberg?
O título é bombástico: The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook, a Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal ("Bilionários por Acidente: a criação do Facebook um conto de sexo, dinheiro, ganância e traição", numa tradução livre do inglês). O conteúdo não deixa por menos: Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, é retratado como um jovem genioso, que teria feito o site para "pegar mulher" e, no meio de sua veloz ascensão, participou de orgias e até de um exótico jantar em um iate em que o prato principal era um coala.
O esperado livro, lançado na semana passada nos EUA e ainda sem tradução para o português, foi escrito por Ben Mezrich o que diz muito sobre a veracidade das informações contidas nele. Em seu site (benmezrich.com), Mezrich, autor de outros dez livros, é descrito como alguém que "criou um estilo próprio de não-ficção altamente viciante, transformando em crônicas as incríveis histórias de jovens geniosos que fazem toneladas de dinheiro no limite da impossibilidade, da ética e da moralidade".
Para boa parte dos críticos, entretanto, trata-se apenas de uma forma criativa de dizer que sua história é inventada ao menos parcialmente. Consciente das críticas, Mezrich escreveu um texto de abertura para o livro, em que admite a mistura de informações e até mesmo mudanças na cronologia dos eventos contados.
De um jeito ou de outro, a animada história sobre o mais jovem bilionário do mundo, Zuckerberg, despertou o interesse de Hollywood, que prepara um filme a partir do livro o seu best-seller Quebrando a Banca foi adaptado para o cinema no ano passado.
No país em que o Orkut reina hegemônico entre as redes sociais, o Facebook começa a dar as caras. Só nos últimos 12 meses, a rede cresceu mais de 700% no Brasil, e já soma 1 milhão de usuários. Parece pouco perto do Orkut, do Google, com seus 24,4 milhões de membros, mas já mostra uma pressão para que o serviço cresça no país assim como vem crescendo em todo o mundo. Nascido nos Estados Unidos há cinco anos, o Facebook é hoje o maior fenômeno mundial quando se fala em redes sociais. Ele ultrapassou um a um os sites de relacionamento mundo afora, tornando-se líder em países tão díspares como Colômbia e Austrália. Na última semana, bateu a marca de 250 milhões de usuários. E, graças a uma cara mais adulta e dinâmica, vem ganhando terreno no Brasil.
"As ferramentas que ele disponibiliza são muito boas. Por exemplo, a integração com o Twitter. Todo mundo adorou essa ideia de associação, de fazer os comentários saírem direto no Twitter", conta o blogueiro e estudante de biologia Mateus Santos. Usuário do Orkut há quatro anos, ele excluiu a conta da rede do Google e agora usa somente o Facebook. "Eu já tinha o Facebook e comecei a usar mais porque ele tem ferramentas mais dinâmicas e uma seriedade maior como rede social. Inclusive na maneira como você é contactado. As pessoas chegam a você por indicação, não é aquela bisbilhotagem do Orkut."
Seriedade, aliás, é palavra de ordem quando se fala em Facebook. A analista de mercado Pietra Rassi é uma das que aderiu ao site neste ano, depois de cinco anos no Orkut. "Eu resolvi entrar em todas as redes sociais para entender como elas funcionam. E muitas pessoas começaram a falar bem do Facebook, que lá você tem mais privacidade e que é uma coisa mais séria." Ela diz que não pretende deixar de usar a rede social do Google, mesmo admitindo que tenha "perdido o interesse" no Orkut.
Assim como Pietra, 95% dos internautas brasileiros que estão no Facebook ainda mantêm a conta no Orkut, de acordo com a consultoria ComScore para não perder o contato com os amigos que ainda não migraram de rede social. A pesquisadora em mídias sociais da PUC de Pelotas Raquel Recuero acredita que a empolgação com o serviço do Google, que "já não traz mais novidades", está mesmo passando. "O Facebook é uma ameaça, mas as pessoas não vão abandonar o Orkut até que todos tenham migrado", avalia.
Contágio
Com o perfil mais internacional entre todas as redes até agora, o Facebook, que nasceu nos EUA, foi aos poucos conquistando pela possibilidade de comunicação entre internautas de diferentes países. Um francês tinha um amigo norte-americano. Daí, entrava no Facebook para conversar com ele, só que também convidava aquele amigo da escola de sua cidade. E este, convidava irmã. Quando se via, 50% dos internautas franceses já estavam no serviço e abandonaram a rede que utilizavam antes.
Isso se repetiu no Canadá, no Reino Unido, na Argentina, na Espanha, no Chile, nos EUA... Hoje, nada menos do que 30% dos internautas mundiais estão no Facebook e gastam, em média, 20 minutos diários em suas páginas. Por sua popularidade, o site que hoje ocupa a quarta posição mundial entre os gigantes na internet em números de acesso já pode ser considerado o principal rival do Google.
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