O Facebook "brincou" nesta quinta-feira com um recente estudo da Universidade de Princeton que prevê um futuro negro para a rede social nos próximos quatro anos e respondeu com um relatório improvisado que concluiu que o prestigiado centro universitário ficará sem estudantes em 2021.
Uma tese elaborada por dois estudantes de doutorado de Princeton afirmando que a rede social perderá 80% de seus usuários até 2017 foi divulgada ontem, chamou a atenção na internet e surpreendeu o Facebook, que qualificou o trabalho como "sem sentido".
No dia seguinte, os especialistas em análise de dados do Facebook, "intrigados com o prognóstico" de sua empresa feito pelos doutorandos, elaboraram um relatório sobre a universidade utilizando "a mesma metodologia" dos pesquisadores em seu "modelo epidemiológico modificado para descrever as dinâmicas da atividade do usuário de redes sociais online".
O texto de Princeton estabelece uma analogia entre a curva de adoção, ascensão e queda das redes sociais com as doenças infecciosas, e baseia seus prognósticos em tendências extraídas de "dados públicos de buscas realizadas no Google".
"Extrapolando o modelo que melhor se encaixa com o futuro, sugere-se que o Facebook atravessará um rápido declínio nos próximos anos e perderá um 80% de seu pico de usuários entre 2015 e 2017".
Em sua resposta à universidade, a rede social afirmou que Princeton tem menos cliques no botão "curtir" do Facebook do que Harvard e Yale. Também afirmou que diminuiu a quantidade de suas publicações desde o ano 2000 e constatou que o número de buscas no Google Scholar - que reúne artigos acadêmicos - sobre Princeton também caiu.
Usando "o mesmo princípio" do relatório de Princeton, o Facebook estabeleceu uma correlação entre as inscrições de estudantes em uma instituição e a quantidade de buscas sobre ela no Google.
"Esta tendência sugere que Princeton terá só a metade de suas matrículas atuais em 2018 e, em 2021, não terá alunos", diz o relatório do Facebook.
Mas a piada ainda foi além.
"Enquanto estamos preocupados com a Universidade de Princeton, nós estamos ainda mais preocupados com o destino do planeta. As pesquisas no Google do termo "ar" também caíram de forma contínua e nossas projeções mostram que para o ano de 2060 não haverá mais ar", afirmou o "estudo" do Facebook.
Seus autores quiseram "lembrar, de forma divertida, que nem todas as pesquisas são iguais e que alguns métodos de análise levam a conclusões muito equivocadas".