Um comentário irônico que circulou na internet durante as últimas duas semanas era que os executivos da rede social Facebook deveriam ao menos enviar um cartão de agradecimento ao Google. Explica-se: a Microsoft anunciou recentemente um investimento de US$ 240 milhões no portal de relacionamentos para ter nele uma plataforma exclusiva de anúncios. Com o aporte, a gigante de Seattle também se tornou acionista minoritária no Facebook.
A principal conseqüência do acordo foi a inflação no preço do site, que de uma hora para outra passou a valer incríveis US$ 15 bilhões. Só para lembrar, há exatos 14 meses, o Facebook havia rejeitado uma oferta de compra do Yahoo!, que ofereceu US$ 1 bilhão quantia considerada altíssima no longínquo ano de 2006... Mas, perguntam-se analistas, teria o negócio atual sido tão polpudo sem a presença ameaçadora do Google entre os interessados numa fatia do Facebook? Pouquíssimo provável.
No acerto, a Microsoft deixou claro que não quer perder mais terreno para a galera de Mountain View, especialmente depois que esta levou o YouTube (por US$ 1,65 bilhão) e o DoubleClick (por US$ 3,1 bilhões).
Outro comentário sagaz dos internautas: os ciúmes que a turma de Bill Gates sentem contra o Google cresceram a tal ponto que o Internet Explorer 7 parece soltar fumaça quando a barra do concorrente é instalada nele fazendo do Google a principal ferramenta de busca do browser. Volta e meia, quando o navegador é aberto, ele pede para o Live Search ser escolhido como busca-padrão. Os diretores do Google, por sua vez, desconversam a respeito de sua relação com o Facebook.