O Facebook fechou esta quinta-feira (26) com a maior queda em valor de uma empresa na história Nasdaq: US$ 119,4 bilhões, segundo estimativas de analistas. As ações caíram 19%, para US$ 176,26. A queda é resultado da divulgação de resultados, feita ainda na quarta (25), e que veio abaixo da expectativa dos investidores. A receita aumentou 42%, para R$ 13,2 bilhões no trimestre, ficando um pouco abaixo dos US$ 13,3 bilhões esperados pelo mercado.
Além disso, os dados mostraram que a rede teve 1,47 bilhão de usuários ativos diários em junho, contra a média 1,48 bilhão esperada pelos analistas. A base ainda está concentrada nos EUA e Canadá, com 185 milhões de usuários diários, enquanto houve uma queda de 1% na Europa, para 279 milhões de usuários por dia. Ainda assim, o número de usuários médios diários aumentou 11% neste segundo trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado.
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O que o mercado viu nesta quinta (26) é que, sim, nem o Facebook pode crescer para sempre e imunes aos escândalos de vazamento e ao próprio desafio de se inovar.
Para o Facebook, tropeços financeiros são raros. A última vez que a empresa não atingiu as estimativas de receita foi no primeiro trimestre de 2015. Mas os resultados seguiram um período no qual as questões de privacidade de dados foram duramente questionadas, com o CEO Mark Zuckerberg testemunhando diante do Congresso norte-americano por horas acerca dos erros da empresa.
O trimestre também foi marcado pela implementação, pela Europa, de uma nova lei rígida sobre dados, que, segundo o Facebook, levaram a menos visitantes diários naquela região. A empresa foi bombardeada por críticas públicas sobre suas políticas de conteúdo, especialmente em países como Mianmar e Sri Lanka, onde a desinformação levou à violência. E continuou a sofrer as consequências das investigações sobre a manipulação russa da plataforma durante a eleição presidencial dos Estados Unidos, em 2016.
Para aqueles que esperam uma rápida recuperação, a empresa informou Wall Street de que os números não vão melhorar este ano. O diretor financeiro do Facebook, David Wehner, disse que as taxas de crescimento de receita cairiam no terceiro e no quarto trimestres.
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