| Foto: KAREN BLEIER/AFP

O Facebook informou, nesta terça-feira, que está atualizando a forma como a rede social lida com os polêmicos ad blockers (softwares instalados pelos usuários que querem evitar ver anúncios em sites). Segundo o comunicado assinado por Andrew Bosworth, vice-presidente da plataforma de anúncios e negócios da empresa, o Facebook vai exibir anúncios mesmo em computadores que façam uso dessa ferramenta.

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Bosworth afirma no texto que a principal razão apontada pelas pessoas para justificar o uso de ad blockers é “parar os anúncios irritantes e disruptivos”. A outra novidade anunciada nesta terça-feira é uma espécie de contrapartida a isso. E, diz o executivo, ajudaria a melhorar o tipo de peça publicitária que aparece para o usuário.

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Outro fator que incomoda o usuário quando o assunto é a propaganda on-line, de acordo com o Facebook, é a irrelevância de alguns dos anúncios — algo que mudaria com a mudança implementada pela rede social. Agora, a promessa do Facebook é de tornar mais fácil o uso do controle sobre os temas de interesse do internauta.

Assim, embora vá ver as peças publicitárias, mesmo com os ad blockers, os anúncios teriam conteúdo mais compatível com o usuário, diz Bosworth. O executivo nega que o Facebook tenha feito como outras empresas e pago aos criadores desse tipo de software para escapar dos bloqueios. Amazon, Google e Microsoft estão entre as gigantes que já fizeram desembolsos para esse fim.

Mudança pode atrair anunciantes

O uso de ad blockers é controverso. Os internautas recorrem ao software alegando que ele evita anúncios indesejados, que poluiriam os sites e aumentariam o tempo necessário para que a página carregue, consumindo, também, mais dados. As empresas rebatem que a verba dos anúncios é essencial para a manutenção das atividades on-line.

De acordo com dados do PageFair — uma startup que é contra os ad blockers — citados pelo jornal The New York Times, aproximadamente 200 milhões de usuários de internet recorrem a esse tipo de ferramenta em seus computadores. Em dispositivos móveis, esse número chega a 419 milhões.

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O site CNN Money lembra que o site de alguns meios de comunicação, como os das revistas GQ e Forbes reagiram à onda de bloqueios impedindo que o usuário que recorre a esses softwares acesse suas plataformas on-line.

“Anúncios dão suporte à nossa missão de dar às pessoas o poder de compartilhar e de deixar o mundo mais aberto e conectado”, acrescenta Bosworth no texto.

O jornal Wall Street Journal ressalta que as mudanças anunciadas têm potencial para aumentar os espaços de anúncios que o Facebook pode vender. Embora o executivo tenha alegado ao jornal que a empresa não agiu tendo esse objetivo.