Curitiba O presidente da Federação da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, reagiu ontem às críticas feitas pelo governador Roberto Requião sobre a presença de agricultores na audiência pública que abordou a existência de irregularidades administrativas no Porto de Paranaguá, realizada segunda-feira, na Assembléia Legislativa. O governador classificou de "molecagem" a vinda de 700 produtores rurais. Segundo Meneguette, "o que o governador não disse é que os produtores estão cansados de perder dinheiro" por causa da administração do porto e, por isso, atenderam prontamente à convocação para acompanhar a audiência pública que "trataria de uma questão que lhes diz respeito diretamente".
Os produtores paranaenses dizem ter absorvido um prejuízo de R$ 8,65 por saca de soja na última safra. O conjunto da safra paranaense teria perdido R$ 1,5 bilhão. Os valores são relativos ao prêmio negativo gerado "pelas filas de navios e caminhões, falta de dragagem e atrasos operacionais na amarração e carregamento das embarcações, além de problemas sanitários, como a infestação de ratos e pombos", disse Meneguette.
"Todos os produtores que vieram à audiência pública receberam um documento explicando o que iria acontecer na Assembléia Legislativa do Paraná e qual a importância do porto para a agropecuária, já que muitos produtores do Paraná estão perdendo dinheiro", afirmou Meneguette. O presidente da Faep lembra ainda que "só o prêmio negativo que aconteceu no ano passado na comercialização dos produtos rurais do Paraná foi de R$ 1,5 bilhão".
Na análise do presidente da Faep, a audiência pública na Assembléia mostrou que a administração do porto de Paranaguá não obedece às normas do governo federal nem dialoga com os usuários.
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