Em pouco mais de um ano a Repar registrou quatro incidentes| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Cronologia

Recorde os últimos incidentes na Repar:

Nov/2013 -Na noite do dia 28 houve uma explosão na Repar, em sua Unidade de Destilação U-2100. A produção na refinaria foi paralisada e houve ameaça de greve dos petroleiros, que vinham reclamando de problemas de segurança na refinaria. A produção foi prejudicada por dois meses.

Dez/2013 - Superintendência Regional do Trabalho interditou a U-2100 por entender que faltava segurança para os funcionários da estatal. Foi constatado que a Repar operava acima da capacidade de produção.

Mai/2014 - Explosão danificou parte da unidade de fabricação de nafta. Não houve vítimas e nem paralisação na produção.

Ago/2014 - Uma falha em uma bomba na Unidade de Craqueamento da Repar fez com que toda a produção tivesse que ser direcionada para o sistema de alívio da refinaria, provocando chamas na refinaria.

Dez/2014 - Um problema em um equipamento da Unidade de Craqueamento U-2200 paralisou a produção na Repar por quase duas semanas.

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A falha de um equipamento provocou uma parada de 11 dias em uma das instalações mais importantes da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A unidade de craqueamento catalítico – responsável por "quebrar" o petróleo pesado em frações mais leves – deixou de funcionar em 21 de dezembro e só voltou a ser acionada no dia 2 de janeiro.

INFOGRÁFICO: Veja o histórico de processamento de petróleo na Repar

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Segundo o presidente do Sindipetro PR/SC (representante dos trabalhadores), Mário Dal Zot, informações preliminares indicam que houve falha em uma bomba, e que a bomba reserva não pôde ser acionada por não ter passado por manutenção.

Outras unidades, que dependem desse processo inicial de refino para funcionarem, também ficaram paradas nesses 11 dias, mas o problema não chegou a interromper todo o trabalho na refinaria, maior complexo industrial do Paraná. O segmento de refino de petróleo e produção de etanol responde por quase 17% do valor da transformação industrial do estado, conforme o IBGE, e paradas na Repar costumam ter forte impacto nos indicadores da indústria paranaense.

Sem dar mais detalhes, a Petrobras informou em nota que um "problema em equipamento" da unidade de craqueamento catalítico provocou uma parada não programada, e que a operação foi retomada "atendendo aos procedimentos de segurança na intervenção". Segundo a estatal, o abastecimento de combustíveis não foi afetado.

A parada, confirmada ontem pela Petrobras à agência Reuters, engrossa a lista de incidentes na refinaria de Araucária – foram quatro em pouco mais de um ano.

A última parada técnica programada da Repar, para inspeção e manutenção de todos os equipamentos, foi realizada em agosto de 2010. Em agosto do ano passado, a Gazeta do Povo revelou que em várias ocasiões a refinaria trabalhou acima da capacidade de processamento autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que é de 207,5 mil barris de petróleo por dia.

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Na ocasião, a Petrobras negou operar a Repar acima da carga autorizada e afirmou que eventuais ultrapassagens se deviam a testes de carga autorizados pela ANP.

Colaborou Guido Orgis