O primeiro-ministro grego, George Papandreou, criticou neste sábado (20) firmemente a Alemanha por se opor ao esforços para ajudar o seu país a sair da crise fiscal, alertando que isso poderá desestabilizar a União Europeia (UE). "Nós lutamos durante anos para construir uma Europa forte, economicamente estável e com solidariedade social", disse Papandreou em um encontro do conselho nacional do seu partido, o socialista PASOK.

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Mas "muitas forças esqueceram a importância política do euro, e estão subtraindo o conteúdo substancial da visão política do projeto europeu, que é o esforço conjunto para desenvolver nossa economia em um clima calmo e estável", acrescentou Papandreou. "Isto poderia desestabilizar a União Europeia no final, levá-la na direção oposta dos que inspiraram e criaram uma Europa unida e a sua moeda comum", advertiu o primeiro-ministro grego.

Os comentários de Papandreou ocorrem um dia depois de uma autoridade alemã indicar que Berlim estava aberta à possibilidade de uma ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Grécia, colocando em dúvida um plano dos outros 15 países europeus para auxiliar Atenas a atender às necessidades de seus mutuários.

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Após tomar posse no ano passado, o governo de Papandreou revelou que as finanças do país estavam em um estado muito pior do que havia sido divulgado publicamente, forçando-o a fazer dolorosos cortes de gastos e aumentos de impostos para ajustar as finanças públicas - desencadeando greves e protestos violentos nas ruas de Atenas.

Isto tem aumentando as preocupações sobre se os investidores vão comprar títulos do governo grego, e a que preço, uma vez que o país precisará rolar este ano cerca de € 50 bilhões dos mais de € 300 bilhões em dívidas que possui. "A Grécia não ficará devendo e tem capacidade de sair da atual crise", disse Papandreou aos líderes do seu partido

Ele apelou para que os líderes europeus ajudem seu país a obter empréstimos mais baratos quando eles se encontrarem na semana que vem em Bruxelas. "Nós não estamos pedindo que alguém pague por nossos erros e as nossas dívidas ... mas estamos pedindo apoio político contra os especuladores e chances de contrair empréstimos com taxas que nos permitam respirar", destacou o ministro.