Decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, que proíbe a extração de areia às margens do Rio Paraná, na zona de amortecimento do Parque Nacional de Ilha Grande, tem comprometido o setor da construção civil das regiões Oeste e Noroeste.
Muitas obras estão paralisadas, segundo o diretor administrativo da Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cascavel e Região (Sintrivel), Roberto Leal Americano. "Os trabalhadores buscam exercer outras tarefas, que não envolvam o uso de areia, mas isso não resolve. O número de trabalhadores afetados já chega a 15 mil só na região."
Os estoques das distribuidoras de areia estão vazios. A alternativa seria comprar o insumo na região de Ponta Grossa (Campos Gerais), mas isso eleva os custos: o metro cúbico, que sairia por R$ 40, vai a R$ 100 devido ao frete.
A proibição da extração de areia atende a pedido do Ministério Público, que argumenta que as mineradoras estariam fazendo a extração de areia a menos de 100 metros da margem do Rio Paraná, o que é proibido.
Representantes da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) foram ontem até a Porto Alegre, sede do TRF4, para tratar o assunto. Mas o desembargador Fernando Quadros da Silva informou que só vai se pronunciar após o julgamento da petição, o que deve ocorrer em três semanas.
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