O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que a Foxconn, responsável pela montagem do iPad, da Apple, vai começar a produção do tablet no Brasil no final de agosto ou início de setembro. Segundo ele, a Apple precisou adiar o começo da produção, previsto inicialmente para final de julho.

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"A alça de acesso para a empresa, que seria usada para escoar a produção da fábrica em Jundiaí (SP), não ficou pronta a tempo, por conta de atrasos na obra. Além disso, há uma escassez de mão de obra qualificada no país. A empresa já contratou 175 engenheiros, que precisou mandar para a China, onde estão fazendo estágio. A empresa, no entanto, precisa de mais de 200 engenheiros para o setor", afirmou o ministro.

Mercadante disse ainda que os tablets produzidos no Brasil serão até 40% mais baratos do que os equipamentos disponíveis atualmente nas prateleiras. Das 12 empresas interessadas na montagem do dispositivo no país, oito já estão licenciadas e passam por ajustes operacionais para início da produção.

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"Vamos ter muito tablet verde amarelo no mercado até o fim do ano. Quem quiser comprar tablet barato vai ter de esperar mais um pouco. São 31% de impostos federais que integram o pacote de incentivos para a fabricação do equipamento no país. Somando com os incentivos municipais, o preço do produto pode chegar a 40% mais barato para os consumidores", disse Mercadante.

Segundo o ministro, as primeiras empresas que começarem a produzir os tablets no país terão de obedecer a regras produtivas e que garantam a inovação tecnológica brasileira. "Algumas empresas já estão prestes a apresentar seus produtos para o mercado, sempre dentro das regras de 20% de conteúdo local no primeiro ano de produção. Em três anos, terão de usar 80% de componentes nacionais."

Saturação da internet móvel

O ministro disse que o incentivo da produção de tablets brasileiros pode saturar a já comprometida estrutura de internet móvel do país, mas garantiu que o problema está na pauta de discussão técnica no ministério. "Esse é um bom problema. O que temos de fazer agora é acelerar o Plano Nacional de Banda Larga. Investimos R$ 100 milhões para melhorar a capacidade nas universidades e centros tecnológicos. O governo está dando importância para isso. Está todo mundo sentindo a necessidade de banda larga. Levamos banda larga para Manaus e a capacidade foi esgotada em pouco tempo.

Internacionalização de empresas

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"Em um mês teremos uma reunião técnica para debater o assunto. A internacionalização de empresas precisa de apoio, de medidas complementares, pois há conflitos na área tributária. Vamos montar um grupo de trabalho com o Itamaraty, com o Ministério da Ciência e Tecnologia, da Fazenda, e do Livre Comércio para equacionar o tema", disse o ministro.