Faltou trabalho para 21,2% das pessoas em idade produtiva no Brasil, o correspondente a 22,9 milhões de pessoas, no terceiro trimestre deste ano. Essa é a chamada taxa composta da subutilização da força de trabalho, que agrega a taxa de desemprego, a taxa de desemprego por insuficiência de horas trabalhadas e a da força de trabalho potencial.
Já no segundo trimestre a chamada taxa de subutilização da força de trabalho foi de 20,9%, segundo o IBGE. No terceiro trimestre de 2015, havia sido de 18%. No Paraná, a taxa ficou em 14,2%.
O indicador soma o contingente de pessoas desocupadas(12 milhões), o de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas (4,8 milhões de pessoas ou 16,5% do total) e a força de trabalho potencial (6,1 milhões de pessoas ou 16,8% do total).
Pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas são as que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam e estavam disponíveis para trabalhar mais. A força de trabalho potencial é formada pelo grupo de pessoas que não estavam trabalhando nem procurando emprego, mas que estavam disponíveis para trabalhar ou que estavam procurando mas não estavam disponíveis quando o IBGE realizou a pesquisa.
Regiões
A maior parte do contingente de 22,9 milhões de pessoas que faz parte dessa taxa composta de subutilização da força de trabalho está nas regiões Sudeste (8,683 milhões) e Nordeste (8,750 milhões). No Norte, são 2,041 milhões de pessoas e no Sul, 2,122 milhões. Já o Centro-Oeste reúne 1,326 milhão de pessoas.
Se na média nacional a taxa de subutilização da força de trabalho é de 21,2%, a taxa do Nordeste é a maior entre as regiões, com 31,4%. Já o Sul é a menor, com 13,2%. No Sudeste, a taxa é de 18,2%.
“A região Nordeste é a que tem maior subutilização da força do trabalho. Mas mesmo a região Sul, com o advento da crise, atinge níveis piores do que tinha no passado”, afirmou o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
A taxa de desemprego subiu em todas as regiões do país na passagem do segundo para o terceiro trimestre, com exceção apenas do Sul, em que passou de 8% para 7,9%. No Norte, passou de 11,2% para 11,4%; no Nordeste, pulou de 13,2% para 14,1%; no Sudeste, avançou de 11,7% para 12,3%; e no Centro-Oeste foi de 9,7% para 10%.
Nos estados
Vinte e duas das 27 unidades da federação tiveram alta na taxa de desemprego entre o segundo e o terceiro trimestre. Em cinco estados (Bahia, Pernambuco, Amapá, Alagoas e Sergipe), o aumento na taxa foi significativo, com pelo menos 3,1 pontos percentuais a mais.
No Paraná, a taxa de desemprego ficou em 8,5%, contra 8,2% no segundo trimestre.
No Rio de Janeiro, a taxa de desemprego bateu novo recorde e alcançou 12,1% no terceiro trimestre, o maior nível desde 2012, o início da série histórica. No segundo trimestre, tinha sido de 11,4%.
O desemprego também atingiu recorde no terceiro trimestre em São Paulo, de 12,8%, ante 12,2% no segundo trimestre.