A britânica Pearson chegou nesta quarta-feira (12) um acordo para vender sua participação de 50% no Grupo Economist por 469 milhões de libras (US$ 730,6 milhões), o que torna a família italiana Agnelli no principal investidor na publicação semanal.
Pouco depois de vender o jornal Financial Times ao japonês Nikkei, Pearson disse que tinha chegado a um acordo para vender The Economist para Exor, um veículo de investimento da família Agnelli, e para outros acionistas atuais como as famílias Cadbury, Layton, Rothschild e Schroder.
“Estamos convencidos do enorme potencial que ainda tem adiante e em particular na capacidade do The Economist para aproveitar as muitas oportunidades de desenvolvimento vinculadas à digitalização da indústria da mídia”, disse John Elkann, diretor executivo da Exor e membro do família Agnelli, em um comunicado.
O analista de Liberum Ian Whittaker disse que o preço foi maior do que se especulava, cerca de 400 milhões de libras.
A Exor disse que a venda iria aumentar sua participação na The Economist de 4,7% para 43,4%, por um preço de 287 milhões de libras. Acrescentou que, se os acionistas deram sua aprovação, serão modificadas as normas de gestão da The Economist para limitar os poderes de voto de qualquer acionista para 20%, e para garantir que nenhum indivíduo ou empresa possa ter mais de 50% dos ações do grupo.
A Exor, que também tem uma participação de controle na fabricante de carros Fiat Chrysler Automobiles, entre outros, tem investido para diversificar sua carteira para além do negócio automobilístico.
A publicação tinha uma circulação de 1,6 milhão de exemplares por semana no final de 2014. Naquele ano, contribuiu com 21 milhões de libras para o lucro operacional da Pearson.