Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Pesquisa

Fator sazonal eleva desemprego e reduz a renda em janeiro

Cena do filme "Perfume - A História de Um Assassino" | Divulgação/Paris Filmes
Cena do filme "Perfume - A História de Um Assassino" (Foto: Divulgação/Paris Filmes)

Rio – Pioraram as condições do mercado de trabalho em janeiro: o desemprego cresceu e a renda caiu. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 9,3% em janeiro, maior do que a taxa de 8,4% apurada em dezembro do ano passado e do que os 9,2% de janeiro de 2006. Já o rendimento médio real dos trabalhadores nas seis regiões metropolitanas pesquisadas – levantamento que não inclui a de Curitiba – atingiu R$ 1.066,10, um recuo de 1,1% ante dezembro, mas crescimento de 4,7% em relação a janeiro de 2006.

Para o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azevedo, o aumento verificado em janeiro – tanto no desemprego quanto na renda – não reverte a tendência de melhoria qualitativa do mercado de trabalho. Ele explica que se trata de um movimento sazonal (específicos desta época do ano), pois neste mês há demissões de trabalhadores temporários contratados para o fim de ano e não há comissões e benefícios, como ocorre em dezembro.

Azevedo diz que, mesmo que o rendimento apurado pelo IBGE seja o habitualmente recebido, sem inclusão de bônus temporários, o forte movimento de pagamento de benefícios no fim do ano não é totalmente excluído na contabilidade dos rendimentos de dezembro e janeiro.

O gerente da pesquisa observa que, como o efeito sazonal é muito forte nos dados de janeiro comparativamente a dezembro, a maneira mais adequada de avaliar o mercado de trabalho no primeiro mês do ano é confrontá-lo com igual mês do ano anterior. Nessa comparação, a taxa de desemprego "não apresentou variação estatisticamente significativa".

Os dados do IBGE mostram ainda que o número de pessoas desocupadas (sem trabalho e procurando emprego) chegou a 2,1 milhões nas seis regiões, com aumento de 10,7% ante dezembro e de 2,8% em relação a janeiro de 2006. O total de ocupados somou 20,5 milhões, com queda de 1,2% na comparação com dezembro e incremento de 2,6% em relação a janeiro do ano passado.

O IBGE destaca que a principal queda no rendimento no mês, na comparação com o mês anterior, ocorreu para os trabalhadores por conta própria, com baixa de 4,6% em janeiro, ante dezembro. No entanto, também para esta categoria, houve elevação (5,5%) na renda em relação a janeiro de 2006.

O número de empregados com carteira assinada caiu 0,8% em janeiro ante dezembro e cresceu 4,1% na comparação com janeiro do ano passado, enquanto os empregados sem carteira tiveram queda tanto na comparação com dezembro (-1,1%), quanto ante igual mês do ano anterior (-3,3%).

São Paulo

A taxa de desemprego apurada pelo IBGE na região metropolitana de São Paulo, o maior mercado do país, subiu para 10,1% em janeiro, ante 9,0% em dezembro. Em janeiro de 2006, a taxa de desemprego local havia sido de 9,2%. O aumento na taxa em janeiro de 2007 ocorreu especialmente por causa do forte aumento no número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) na região, de 12,2% em janeiro ante dezembro e de 14,1% ante janeiro de 2006.

O rendimento médio real dos trabalhadores em São Paulo caiu 2,1% em janeiro ante dezembro e aumentou 4,8% ante janeiro do ano passado. O rendimento na região, que chegou a R$ 1.208,00 em janeiro, é bem superior à média das seis regiões pesquisadas (R$ 1.066,10).

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.