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Empreendedorismo

Faturamento da Cavgut cresce 15% com mudança para carnes exóticas

Vídeo | RPC TV
Vídeo (Foto: RPC TV)

A carne suína deixou o cardápio da Cavgut. Há um ano, a empresa de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, colocou em segundo plano a produção de embutidos e defumados para apostar em cortes especiais e temperos. Saiu o porco, permaneceram frango, pato, marreco, coelho, cabrito, carneiro e boi e entraram os exóticos javali e avestruz. "Aumentamos em 15% nosso faturamento com estas mudanças", diz o gerente comercial da empresa, Rodrigo Cavichiolo, sem revelar números.

A empresa, de 15 anos, ainda mantém alguma produção de carpaccio para venda no varejo, mas o foco maior atualmente é o atacado de cortes de carnes. "Vendemos para restaurantes e para os supermercados prepararem as carnes em suas rotisserias. Havia uma demanda para isso, é uma tendência de mercado: os restaurantes compram os pratos praticamente prontos e ganham com o atendimento e as bebidas", avalia o gerente comercial. Segundo Cavichiolo, está menos arriscado apostar no avestruz hoje em dia, devido à queda de preço da carne. "Há dois anos, um quilo custava R$ 85, agora custa R$ 29 e esperamos que chegue a R$ 15 até o fim do ano. Toda carne de avestruz processada no Paraná é feita aqui", diz.

Avestruz e javali

A Cavgut processa cerca de 20 toneladas de carne por mês. Só de avestruz, são 70 animais por mês, que rendem 30 quilos de carne limpa cada. A vantagem do avestruz, ensina o chef de cozinha da empresa, Marcos Ravaglio, é que é uma carne bastante semelhante à do gado, tanto em sabor como em proteínas, mas menos gorda. Já o javali tem o gosto semelhante ao do porco, mas é mais suave. "Ele tem menos gordura e é mais fácil de limpar", diz o chefe.

Ravaglio entrega a carne preparada com o tempero solicitado pelos restaurantes e, em alguns casos, até cozida. "A coxa do pato, que demora três horas para cozinhar, nós vendemos pronta. O restaurante só aquece", explica. A comida é vendida embalada em porções fracionadas, para que seja aberta apenas na quantidade de consumo. "É prático para o restaurante. Além disso, o fracionamento elimina os fatores de risco da manipulação".

Consumo

Os planos da empresa agora são de familiarizar os consumidores com as carnes exóticas. "Como todo novo produto, estas carnes precisam de um tempo para se fixar. Dentro de um mês devemos iniciar uma degustação na rede Wal Mart", informa Cavichiolo. A empresa também já levou o avestruz para aprovação dos jogadores e nutricionistas do time de futebol Atlético Paranaense. "É uma carne mais saudável, importante para este público", diz o gerente. Com 30 funcionários, a Cavgut vende para o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

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