O faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo cresceu 10,3% em abril na comparação com o mesmo mês de 2011 e atingiu R$ 41,1 bilhões, informou nesta terã-feira (19) a pesquisa Indicadores de Desempenho, da agência paulista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP). O destaque ficou para as companhias industriais, que apresentaram alta de 6,6% em abril, o primeiro resultado positivo na comparação anual registrado em 2012. Na mesma base de comparação, as micro e pequenas empresas comerciais aumentaram o faturamento em 7,2% e as do setor de serviços, em 16,2%.
Na comparação com março, o faturamento das MPEs industriais cresceu 5%, enquanto no setor de serviços o aumento foi de 0,2% e no comércio houve recuo de 5,5%. Na média, houve queda de 1,9% sobre março, o que representa uma perda de faturamento de R$ 811 milhões.
Na análise por regiões do Estado, a maior alta na comparação com abril do ano passado foi verificada no Grande ABC (13,8%), seguido por interior (13%), região metropolitana (7,6%) e município de São Paulo (6,9%). Ante março, as variações foram, respectivamente, de -5,2%, -2,8%, -1% e +1,7%.
A evolução favorável do emprego e da renda na economia contribuiu para o resultado positivo verificado em abril na comparação anual. Mas, de acordo com o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, o desempenho da indústria foi inflado pela base de comparação mais fraca registrada em abril de 2011 (-3,1% sobre abril de 2010). "Os resultados fracos são atribuídos aos efeitos dos aumentos dos juros básicos (taxa Selic) no primeiro semestre de 2011 e à concorrência com importados", afirmou, em nota à imprensa.
Expectativas - O Sebrae-SP também questionou os empresários a respeito da expectativa de faturamento para os próximos seis meses. Mais da metade, 52%, acredita que o faturamento vai se manter no mesmo nível, enquanto 33% apostam que vai melhorar e 5%, piorar - 10% afirmaram não saber responder. Na pesquisa anterior, 50% acreditavam em estabilidade, 33% em melhora, 4% em piora e 13% não sabiam responder.
A respeito da economia brasileira para os próximos seis meses, 30% dos micro e pequenos empresários acreditam que haverá melhora, 54% estabilidade, 7% piora e 10% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada com base em amostra formada por 2.716 micro e pequenas empresas paulistas. Os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
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