O apagão aéreo que se repetiu algumas vezes no fim do ano passado, o real valorizado - que estimula as viagens de brasileiros ao exterior - e os diversos problemas no Brasil ligados a segurança, limpeza e infra-estrutura não foram suficientes para impedir uma expansão de 29,8% do faturamento do setor de turismo brasileiro em 2006.
Este é um dos principais resultados de uma pesquisa realizada com 80 maiores empresas, incluindo companhias aéreas, hotéis, locadoras de automóveis, operadoras e agências, pelo Ministério do Turismo e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A expectativa do setor em relação ao ano passado é de que as vendas de todas as empresas, juntas, tenham atingido R$ 29,6 bilhões. De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Márcio Favila, o dado é representativo, pois as 80 firmas ouvidas participam com 30% do faturamento total.
- Desde 2004, o turismo mostra tendência de expansão, que deverá se repetir em 2007 - disse Favila.
As empresas pesquisadas informaram ter contratado 14% mais funcionários em 2006. Em dezembro do ano passado, o quadro de pessoal dessas firmas somava 81.331 pessoas.
Para 86,2% dos entrevistados, o turismo manterá seu ritmo de crescimento em 2007. No entanto, eles preveêm um aumento médio de 7,1% sobre os custos operacionais, o que daria um repasse para os preços da ordem de 5,8% em média.
Ao ouvirem as companhias aéreas, o ministério e da FGV excluíram a Varig, uma vez que a empresa praticamente parou de funcionar durante um período do ano. Conforme as empresas pesquisadas, em 2006 o faturamento subiu 42,4% e as contratações de pessoal aumentaram 34,9%, taxa provavelmente resultante da incorporação de parte dos funcionários da Varig que haviam sido demitidos. As companhias, porém, registraram queda de 6,4% nos preços e de 3% nos custos.
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