O Ministério da Fazenda criou mais um grupo de trabalho para analisar medidas de ordem tributária para dar mais competitividade a um setor industrial. Desta vez o beneficiado foi a indústria têxtil, que reclama da concorrência com os produtos importados, principalmente os originários da Ásia.
Após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Indústria Têxtil e da Confecção, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que o governo dará uma resposta ao setor, dentro de 30 a 45 dias, com medidas específicas. No entanto as propostas apresentadas pelo deputado, que dizem respeito à desoneração da folha de pagamento e de redução e unificação do ICMS interestadual, para acabar com a guerra fiscal, já fazem parte na proposta da Fazenda, de reforma tributária.
Ainda assim, a primeira reunião do grupo de trabalho que tratará especificamente sobre o setor será realizada na próxima semana. "A indústria de confecção emprega 1,7 milhão de trabalhadores, sendo uma das maiores empregadoras do País. Mas foi um dos únicos setores que teve Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) negativo no mes passado, consequência da concorrência desleal com os bens importados", disse Fontana.
A intenção da Frente Parlamentar é de que o setor tenha um número de horas de reunião com a equipe do Ministério da Fazenda semelhante a outros setores, como o automobilístico. Além disso a frente parlamentar pode se estender futuramente com a inclusão do setor calçadista, que vive um momento semelhante.
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