Um dia após a agência Moody’s colocar nota do país em observação para rebaixamento, o Ministério da Fazenda afirmou em nota que reequilibrar o Orçamento de 2016 vai exigir “sacrifícios”, com cortes de despesas e aumento de tributos.
Medidas nesse sentido já foram anunciadas e estão, em sua maioria, à espera de votação no Congresso.
A Moody’s rebaixou o país em agosto, colocando-o no último nível do grau de investimento – atestado de que é um bom pagador de suas dívidas. Agora, informou que irá em até três meses decidir se revisa ou não essa classificação.
Nesta quinta-feira (10), a Fazenda afirmou que “a opinião da agência remete às dificuldades oriundas do ambiente político e da capacidade do governo em implantar medidas para corrigir e executar políticas que levem a resultados fiscais consistentes com uma trajetória mais positiva de endividamento público.”
O ministério disse ainda que “o governo está engajado em atacar esses problemas”.
“Segundo a agência, destaca-se o círculo negativo envolvendo o ambiente político conturbado, que por sua vez impede o progresso da agenda positiva no legislativo, com impacto na economia como um todo”, diz a Fazenda.
Para o ministério comandado por Joaquim Levy, os problemas na área fiscal e a consequente piora do ambiente econômico impedem a retomada do investimento e do crescimento econômico.
“É importante destacar que, uma vez dissipadas as incertezas quanto à trajetória fiscal, é esperado um aumento gradativo da confiança necessária à recuperação do investimento e ao crescimento econômico, com impactos positivos nos indicadores de emprego”, diz o ministério.