O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, avaliou nesta terça que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve desacelerar para um patamar abaixo de 5% em 2012. Para 2011, completou, a evolução de preços deve se manter dentro do intervalo superior da meta (de 6,5%), "apesar dos choques internos e externos que elevaram a inflação".

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Para Barbosa, entre os fatores que levarão à desaceleração da inflação está a perspectiva de estabilidade ou queda nos preços internacionais das commodities. Além disso, acrescentou, alguns preços monitorados - como o de energia elétrica - terão reajustes menores em 2012. "Também esperamos maior estabilidade nos preços do etanol, ao contrário do choque que houve em 2011", completou.

Barbosa lembrou ainda que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá fazer uma revisão do índice do IPCA, por meio de uma nova Pesquisa do Orçamento Familiar (POF), para saber o peso de cada item nas contas das famílias, o que deve levar a uma redução entre 0,1 ponto porcentual e 0,3 ponto porcentual no índice. "E ainda teremos o efeito defasado da desaceleração do crescimento no segundo semestre deste ano", concluiu.

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Crise

Apesar das incertezas que pairam sobre as economias dos Estados Unidos e da Europa para o próximo ano, o secretário executivo da Fazenda avaliou que a atual crise nos países avançados não deve se transformar em uma crise financeira nos moldes da que ocorreu em 2008.

"É provável que os EUA tenham um ano de baixo crescimento e que a Europa passe por uma recessão, mas crise não deve afetar seriamente o sistema bancário mundial", afirmou Barbosa.