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Reunião do ministro Fernando Haddad com Isaac Sidney, Presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN)
Reunião do ministro Fernando Haddad com Isaac Sidney, Presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN)| Foto: Washington Costa/MF

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, cobrou do governo federal um “freio de arrumação” e uma força tarefa para conter os impactos das apostas em bets. Ele participou de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (3).

“Não cabe à Febraban fazer propostas sobre políticas públicas. Nós temos um foco: é a preocupação com medidas de prevenção ao superendividamento, com o comprometimento de renda das famílias, orçamento e a saúde financeira das famílias”, disse Isaac aos jornalistas após reunião com Haddad.

Na ocasião, Isaac diz que defendeu a suspensão ou limitação do uso do Pix em apostas online. A preocupação surgiu após o Banco Central mostrar que 5 milhões dos beneficiários do Bolsa Família apostaram cerca de R$ 3 bilhões em agosto.

“Esse freio de arrumação passa por algumas medidas emergenciais e temporárias. Nós temos defendido que os meios instantâneos de pagamentos, a exemplo do Pix, mas não são só esses, possam temporariamente ficar suspensos para o pagamento de apostas”, afirmou.

De acordo com Isaac, também foi proposto ao ministro a criação de uma força tarefa entre governo e setor privado para estudar os impactos das bets no Brasil. 

“É importante que se tenha um diagnóstico preciso. Do lado do setor privado, nós temos entidades com legitimidade que podem representar setores que tenham uma preocupação com o endividamento das famílias”, explicou o presidente da Febraban.

Uso do Pix em apostas

Issac Sidney voltou a defender que o Pix seja suspenso para pagamentos de apostas e caso isso não seja feito, ele sugeriu que tenha pelo menos um limite para esse tipo de pagamento. O Banco Central informou que o Pix representa mais de 90% dos pagamentos às casas de apostas.

“Um dos caminhos em vez de proibir o uso dos meios instantâneos é impor limites por transação. Mas o foco não é um meio específico de pagamento. O foco é encontrar caminhos para evitar uma deterioração do nível de endividamento das famílias”, completou.

Segundo o presidente da federação, Haddad e o secretário de Prêmios e Apostas, Regis Dudena, estão determinados a enfrentar o problema e fazer o controle “CPF por CPF”.

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