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Contas públicas

Febraban diz que Haddad tem “apoio institucional” dos bancos

Fernando Haddad
Federação de Bancos diz que está convencida de que Haddad cumprirá metas fiscais e arcabouço. (Foto: André Borges/EFE)

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O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaas Sidney, disse nesta sexta (14) que os bancos brasileiros o apoiam institucionalmente o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, na capacidade de cumprimento das metas fiscais e do arcabouço fiscal.

A declaração do setor bancário ocorre um dia depois do ministro anunciar que o governo fará uma revisão nos gastos públicos e que conta com o Congresso para encontrar uma forma de compensar a arrecadação com a desoneração da folha de pagamentos.

“Nós aproveitamos a oportunidade, considerando também as circunstâncias e os últimos acontecimentos, de ruídos de tensionamentos sobre as discussões a respeito do cumprimento das metas fiscais, do arcabouço fiscal, nós aqui estivemos para emprestar, para reafirmar o apoio institucional do setor bancário ao ministro da economia”, disse Sidney após uma reunião com Haddad e representantes dos bancos Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual.

O afago de Isaac Sidney a Haddad também ocorre no mesmo dia em que afirmou, em uma entrevista ao Estadão, que o ajuste fiscal do governo havia colapsado pelo lado da arrecadação de receita.

Isaac Sidney disse que os bancos saíram do encontro com Haddad “convencidos” de que ele está determinado a buscar o equilíbrio das contas públicas, e também “convencidos de uma disposição firme que ele tem para fazer o diálogo dentro do próprio governo”.

“Para expandir esse diálogo para o Congresso Nacional, que é um poder fundamental nessa equação de busca do equilíbrio fiscal e também na interlocução que ele tem feito com o empresariado”, pontuou.

O encontro de Haddad com os bancos ocorreu dias depois do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolver ao governo a medida provisória que restringia o uso de créditos de PIS/Cofins para aumentar a arrecadação – em torno de R$ 29 bilhões – e que aferraria principalmente o agronegócio e os exportadores, incluindo os combustíveis.

Haddad chegou a dizer que o governo não tinha um “plano B” para compensar a desoneração e disse que esperava uma solução por parte do Congresso, que foi quem aprovou a medida aos 17 setores que mais empregam na economia.

Com isso, o dólar disparou até que o ministro junto de Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) vieram a público anunciar que iriam intensificar os estudos internos para cortar gastos do governo. A ministra afirmou que, entre as despesas, pode rever inclusive a aposentadoria dos militares.

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