O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, adiou ontem seu prognóstico para a recuperação da economia americana em um ano. Apesar do ajuste, porém, mostrou um otimismo até então inédito com a sustentabilidade dessa retomada e não tomou nenhuma nova medida. O Fed também anunciou que manterá a taxa básica de juros americana abaixo de 0,25%, e que continuará seu programa de US$ 400 bilhões de troca de bônus do Tesouro a curto prazo por outros de longa duração.
Ao reduzir a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e aumentar a de desemprego, o Fed fica em linha com o que esperam os bancos e o Fundo Monetário Internacional. A previsão agora é expansão de 1,6% a 1,7% neste ano e desemprego no atual patamar de 9%. Segundo comunicado emitido na reunião bimestral do Comitê de Política Monetária do Fed, o Fomc, a projeção antes esperada para 2011 avanço do PIB de até 2,9% e desemprego abaixo de 9% só será factível em 2012.
As perspectivas para 2012 e 2013 também levarão mais tempo para serem atingidas: só em dois anos a economia ganhará fôlego, com avanço entre 3% e 3,5% e desemprego entre 7,8% e 8,2% (ainda acima do nível pré-crise).
Mas, se a recuperação tem ocorrido de forma mais lenta do que o esperado e o Fed reforça que essa "gradualidade" se manterá , pela primeira vez a autoridade monetária vislumbra o fim do túnel, afirmando que a ligeira aceleração do crescimento vista nos últimos meses "tem força" ou seja, se sustenta.
"O crescimento econômico se fortaleceu um pouco no terceiro trimestre, refletindo, em parte, uma reversão dos fatores que pesaram no início do ano", diz o texto, que aponta alta dos gastos domésticos e do investimento de empresas em maquinário. "Apesar disso, os dados apontam contínua fraqueza no mercado de trabalho."
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